segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Servidores e população derrubarão reforma trabalhista comprada e impedirão reforma da Previdência

Cerca de 10 mil pessoas entre servidores, trabalhadores de diversos setores, estudantes, representantes de entidades sindicais, de movimentos sociais e cidadãos participaram na sexta-feira (10/11), no Centro do Rio, da passeata que encerrou o Dia Nacional de Lutas contra as reformas golpistas do governo Temer. Além do Rio as manifestações também ocorreram em diversas cidades do país.
No sábado (11/11) entrou em vigor a reforma trabalhista. Aprovada sob fortes suspeitas de compra de votos, a reforma é um ataque aos direitos do trabalhador ao tornar praticamente nulos diversos itens da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e incluir o modelo contratual que valida o acordado sobre o legislado. Assim, o apalavrado entre patrão e empregado valerá mais do que a lei, um convite à exploração e chantagem por parte do lado mais forte, os patrões. Ainda que teoricamente tenha entrado em vigor no sábado, existem diversas ações judiciais contra a reforma e setores do próprio Judiciário, como a Justiça do Trabalho, informaram que não a aplicarão por ser completamente inconstitucional.
Nas ruas o sentimento também é de não validação da reforma trabalhista, rejeitada por 81% da população segundo recente pesquisa CUT/Vox Populi, e união contra a tentativa de reforma da Previdência, como ficou provado na passeata da Candelária à Cinelândia. “A Passeata foi boa, ela cresceu quando entrou na avenida Rio Branco”, disse Jorge Castelhano, servidor do Ministério da Saúde e diretor do Sintrasef. Ele também lembrou que para barrar a reforma da Previdência será necessário maior participação popular nas ruas. “A população tem que ir para a rua, não pode ficar sentado e só agir quando vier uma demissão ou uma não aposentadoria”, alertou.
Para Castelhano, nesse movimento de tomada de ruas pelos cidadãos contra a retirada de direitos a participação dos sindicatos será fundamental e decisiva. “As entidades sindicais tem que unir bases e população para não deixar a bomba, a perda total de direitos do trabalhador, a barbárie social, estourar. Vamos para as ruas porque está em jogo nosso futuro”, afirmou.
Diretor do Sintrasef e também servidor do Ministério da Saúde, Artur Accacio disse que esse será justamente o papel do Sintrasef: “O que nós temos que fazer é mostrar ao governo a insatisfação do trabalhador, do povo brasileiro, com a implementação dessas reformas compradas. Não à reforma! O Sintrasef estará onde for necessário, passeatas, lutas e debates, porque ou derrubamos as reformas ou eles acabam com os trabalhadores”.

Sangue novo

Para Dumenil Modesto, servidor do Instituto Nacional de Educação dos Surdos (Ines) e diretor do Sintrasef, a união que reverterá a reforma trabalhista e impossibilitará a reforma da Previdência partirá principalmente dos servidores e trabalhadores mais jovens, que hoje têm seus futuros em risco.  

“Os servidores mais jovens têm que ter os seus serviços garantidos. Eles têm que fazer o país crescer e terem seu crescimento pessoal, familiar, também. Então eles têm que entrar nessa luta, senão perderão os direitos e serão mandados embora”, afirmou. (13/11/17)
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