Servidores
públicos federais no estado do Rio de Janeiro realizaram assembleia no
auditório do Sintrasef, nesta segunda-feira (26/6), para avaliação de conjuntura do país, votação da
participação na greve geral desta sexta-feira (30/6) e planejar a mobilização
para tomarem as ruas durante a greve. As paralisações contra as reformas do
governo golpista de Michel Temer estão previstas para acontecer em todo o país.
Vera
Macedo, servidora do Comando do Exército e diretora do Sintrasef, afirma que a
mobilização para garantir a adesão de mais trabalhadores e da população ao
movimento não pode parar. “Eu ando revoltada, indignada, incomodada, então eu
não posso parar, não posso me calar, eu tenho que colocar a minha voz, que é o
único instrumento que eu tenho como trabalhadora. A grande mídia burguesa está
colocando outras questões. Nós temos que lutar pelo Fora Temer, temos que pedir
Diretas Já, nós temos que mobilizar os nossos companheiros, a nossa base e
todos os outros, nós não podemos enfraquecer”, disse.
Propostas
Durante
a assembleia, os trabalhadores apresentaram propostas de mobilização. O
servidor do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines) e diretor do
sindicato Dumenil Eliodoro apresentou como tática o diálogo com parlamentares
do Rio de Janeiro para garantir que eles votem contra as reformas. “Nós
precisamos ir com a base e fazer essa ação. Por exemplo, quantos deputados e
senadores são do Rio de Janeiro e irão votar? A gente
podia criar uma comissão, ir para o aeroporto e falar com eles”, disse.
Para
Neto Lima, servidor do Ministério da Saúde, o trabalho de mobilização na base
deve ser ampliado: “Está na hora de que pessoas da base que queiram participar
e não sejam dirigentes, possam estabelecer um calendário de visitas nos postos
de trabalho, possam levar os materiais, e assim mobilizar para a greve”.
Entretanto,
o servidor Jorge Macedo, do Ministério da Saúde, lembrou que “nós não podemos
atropelar a direção e os núcleos de base. Existe uma direção e um núcleo de
base estatutário e quem trabalha a greve é exatamente a direção dos seus
núcleos de base. Não é necessário criar grupo de trabalho para isso”.
Ao
final, houve votação e a proposta de manutenção pelas atividades do sindicato, através
de núcleos de base, diretoria e assembleia geral, ganhou a maioria dos votos.