segunda-feira, 3 de abril de 2017

Pressão dos trabalhadores nas ruas avança e meta é parar o país no dia 28 de abril

Servidores públicos, centrais sindicais, trabalhadores de diversas categorias, estudantes e movimentos sociais marcharam da Candelária até a Cinelândia contra a reforma da Previdência, o desmonte do Estado e a retirada de direitos nesta sexta-feira (31/3). O governo ilegítimo de Temer, junto com seu conluio no senado federal e no congresso nacional, quer aprovar a proposta de fim da aposentadoria, mas já trabalha internamente com um calendário mais extenso de tramitação, com a possibilidade de votação da reforma da Previdência no segundo semestre de 2017. O objetivo dos trabalhadores agora é construir a greve geral para o dia 28 de abril e fortalecer a resistência contra as mudanças na Previdência.

Provando seu objetivo de destruir os direitos conquistados pelos trabalhadores, no mesmo dia em que milhares estavam nas ruas contra a reforma da Previdência o presidente ilegítimo Michel Temer sancionou a lei da terceirização em todas as atividades nas empresas, um dos pontos da reforma trabalhista que o governo também quer implementar no país. A terceirização permite que um professor, médico ou motorista de ônibus seja contratado sem vínculo com a empresa, o que comprovadamente piora o salário e o desempenho desse profissional, prejudicando a população. “A classe trabalhadora não quer a terceirização. A terceirização existiu durante 20 anos na Rússia e foi retirada porque prejudicava o desenvolvimento do país, você imagina em um país igual o Brasil, que não tem um nível de organização industrial como a Rússia, o que vai acontecer?”, indagou Milton Madeira coordenador de políticas sindicais do Sindicato dos Trabalhadores da UFRJ (Sintufrj).

A greve do dia 28 de abril contra a tentativa do governo golpista de jogar o país no atraso contará com a participação efetiva dos servidores, trabalhadores de diversos setores e a população em geral. “Querem enfiar mais uma reforma goela abaixo da sociedade. Eu, por exemplo, estou com 48 anos e já passei por quatro reformas da Previdência. Só que essa é a pior reforma que já existiu, essa mexe com toda a sociedade e coloca os trabalhadores para pagar uma conta que não é nossa, mas sim do governo. Nós não queremos mais pagar essa conta, nós somos contra a reforma e vamos continuar indo para as ruas participando dos atos rumo à greve geral”, disse o diretor do Sintrasef, Carlos Alberto de Oliveira, servidor da Universidade Federal Fluminense (UFF).


O Sindicato Municipal dos Aeroviários do Rio de Janeiro (Simarj) também estará na greve geral. “No dia 28 nós vamos parar os dois aeroportos: Santos Dummont e Galeão. Estamos tentando unir as demandas específicas dos aeroviários, que são a luta contra a retirada do mecânico de manutenção de aeronaves e a terceirização indiscriminada sem uma convenção coletiva assinada, com a luta contra a reforma da Previdência, reforma trabalhista e a terceirização”, declarou Marcelo Schimdt, diretor do Simarj.
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