Em reunião
ampliada do Fórum Nacional dos Servidores Federais (Fonasafe), realizada de 4 a
6 de agosto, em Brasília, os servidores federais de todo o país traçaram a
estratégia de lutas do segundo semestre contra os ataques do governo golpista
de Michel Temer. Confira abaixo:
1) Criar
calendário de mobilização e luta a partir das datas de luta das entidades:
11 de agosto
– Dia nacional em defesa da educação pública;
16 de agosto
– Dia nacional de luta contra a terceirização e a extinção das zonas
eleitorais. Dia nacional de luta em defesa da saúde, da previdência e contra o
desmonte do serviço público.
2) Construir
mobilizações a partir dos estados com convocação de assembleias por categoria e
reuniões ampliadas entre os funcionários públicos das três esferas. Em agosto e
setembro.
3) Construir
dias de luta nos estados para ir ampliando a mobilização com a seguinte pauta:
- Revogação
da Emenda Constitucional 95 (limite a gastos públicos por 20 anos);
- Revogação
da Reforma Trabalhista;
- Revogação
da Lei de Terceirização;
- Barrar a
contrarreforma da Previdência;
- Barrar o
Plano de Demissão Voluntária;
- Pelo
Arquivamento do PL 248/2008 e do PL 116/2017 (ambos tratam da perda de cargo
público por insuficiência de desempenho do servidor).
4) Organizar
fóruns dos servidores nos estados:
- Convocar
reuniões estaduais ampliadas entre funcionalismo público das três esferas,
movimentos sociais, centrais sindicais, movimento estudantil, categorias em
luta e em campanhas salariais para construir atividades, debates e ações nas
ruas.
5)
Indicativo de greve ou paralisação do funcionalismo público junto com a greve
dos metalúrgicos em meados de setembro.
6) Construir
os seguintes materiais:
- Panfleto
contra o PDV, as mudanças na licença não remunerada e na avaliação de desempenho
para ser panfletado em agosto.
- Jornal
nacional para a defesa dos serviços públicos e dos direitos sociais
demonstrando os ataques do governo para ser panfletado nas categorias e junto à
população em setembro.
7) Construir
dia nacional de luta em Brasília quando houver votação da Reforma da
Previdência.
8) Elaborar
nova carta para as centrais reafirmando a necessidade de construção de uma nova
greve geral no segundo semestre de 2017.
9) Luta pela
auditoria da dívida pública com a participação popular:
- Auditoria
nos estados e municípios;
-Apoio das
entidades para divulgar folheto que aponta esquema financeiro fraudulento
(disponível em https://goo.gl/9wbDov);
- Participar
do trabalho parlamentar que está sendo organizado pela auditoria cidadã da
dívida para alertar deputados e senadores sobre o que está por trás dos
projetos que visam aprovar esse esquema fraudulento;
- Apoio das
assessorias de comunicação das entidades para elaboração de matérias que ajudem
a divulgar esse esquema financeiro e seus riscos para os servidores públicos;
- Apoio para
a realização de vídeo explicativo semelhante ao da Anfip (Associação Nacional
dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil) sobre a reforma da
previdência.
Outras
medidas:
- Lutar
contra as privatizações ;
- Mobilizar
para a audiência pública sobre o PL de insuficiência de desempenho;
- Lutar pela
revogação da reforma do ensino médio;
- Não ao
fechamento das unidades do Ministério do Trabalho;
- Campanha
nacional unificada contra o assédio moral e sexual no serviço público;
- Que as
entidades acompanhem os PLs que tramitam no Congresso sobre a retirada do
direito de greve dos servidores públicos;
-
Levantamento e divulgação das perdas salariais;
- Propor
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) e revogação da Emenda Constitucional
29 (sobre a definição de gastos em Saúde)
- Lutar por
concurso público em todas as áreas e níveis;
- Mobilizar
contra a reformulação da política nacional de atenção básica.
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