Nesta quarta-feira (30/8), servidores em luta!

Servidores da ex Roquette Pinto realocados no Depex

Após intensa atuação do Sintrasef em reuniões no Rio e em Brasília, cerca de 30 servidores da ex Fundação Roquette Pinto

Pelo serviço público e contra a reforma da Previdência

Eu sou Servidor Público concursado. Nenhum político me favoreceu à essa vaga!

CPI apresenta balanço e mostra que Previdência é superavitária

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as contas da Previdência apresentou no mês de julho um balanço dos trabalhos referente ao primeiro semestre. A CPI realizou 22 audiências desde que foi instalada no Senado.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Boca que Fala anima carnaval dos servidores

O bloco Boca que Fala realizou seu carnaval nesta sexta-feira (24/2), no Campo do Marcelino, em Padre Miguel. “Fizemos de tudo para conseguir colocar o bloco na rua e sair no Centro da cidade, como fazemos há mais de 20 anos. Só que a prefeitura está querendo diminuir o carnaval de rua. Então pedimos junto a Riotur que se não pudéssemos desfilar, que pelo menos tivéssemos um local para ficarmos parado, como uma concentração. A prefeitura não cedeu, aí para que os servidores não ficassem sem o bloco encontramos a alternativa deste grito de carnaval aqui no Campo do Marcelino, em Padre Miguel”, explicou Lili Bonifácio, servidora do Dnit e diretora do Sintrasef.

Com muito samba os servidores deram uma resposta à prefeitura e ao governo golpista, que tenta de todas as maneiras desmobilizar as festas populares, a troca de experiências que constrói um país rico e plural, com respeito aos direitos culturais, sociais e econômicos dos trabalhadores.

Para o servidor da Polícia Rodoviária Federal e diretor do Sintrasef Ubirajara Ribeiro a festa do Boca que Fala é a prova que os trabalhadores se fortalecem ao se reconhecerem uns nos outros. “A importância de blocos de colegas de trabalho é fundamental, e o Sintrasef é fora de série nessa parte. Foca a política, foca a alegria cidadã e as necessidades dos funcionários públicos. Nos sindicalistas sabemos que grande força tem esse elo carnaval e as realidades do dia a dia, fazendo todos sentirem como está a política em Brasília e o interesse nacional”, disse ele.

A união para o Boca que Fala realizar seu carnaval em 2017 serviu como incentivo para as inúmeras batalhas que os servidores travarão este ano contra um governo que tenta empurrar goela abaixo planos de demissão voluntária, privatizações, reformas da Previdência e trabalhistas, entre outras medidas neoliberais que não receberam a aprovação da maioria da população nas urnas.     
Share:

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Lançamento do relatório anual da Anistia Internacional: mulheres negras na resistência e mobilização por direitos humanos

Nesta quarta-feira (22/2), a população do Rio teve o privilégio de ouvir e dialogar com algumas das mais potentes vozes em prol da defesa dos direitos humanos no Brasil e no mundo. O lançamento do relatório anual da Anistia Internacional marcou a chegada de Jurema Werneck à frente da direção executiva da Anistia Internacional Brasil. Além de Jurema, participaram do debate Djamila Ribeiro, mestre em Filosofia Política pela Unifesp, Marion Gray-Hopkins, ativista e mãe de Gary Hopkins, morto pela polícia nos EUA, Shackelia Jackson, ativista e irmã de Nakiea Jackson, morto pela polícia na Jamaica, e Vilma Reis, socióloga e ouvidora geral da Defensoria Pública do Estado da Bahia.

A atividade foi no Cine Odeon, no Centro, com mediação de Sueli Carneiro, integrante do conselho consultivo da Anistia Internacional Brasil, doutora em Educação pela USP e diretora do Geledés Instituto da Mulher Negra (organização da sociedade civil que se posiciona em defesa de mulheres e negros). Em sua fala, Sueli Carneiro ressaltou que as mulheres negras carregam em seus corpos as marcas e os estigmas de múltiplas formas de opressão, e por isso mesmo são também portadoras dos requisitos indispensáveis para emancipação de todas e todos.


Djamila Ribeiro, também fez sua leitura sobre as implicações e violações dos direitos humanos na vida das mulheres negras em diálogo com o relatório anual da Anistia Internacional sobre estado dos direitos humanos no mundo. “Falar de resistência é falar de mulheres negras. Como é importante o acúmulo que essas mulheres negras trazem quando vão ocupar espaços como esse. Nós só estamos aqui hoje porque existiram mulheres como Dandara, como Aqualtune, como Carolina Maria de Jesus. Somos fortes sim porque sobrevivemos as várias tentativas desse país de nos calar, desde políticas de branqueamento, à não criação de mecanismos de inclusão para a população negra pós-abolição, e tantos outros mecanismos que nos colocam na marginalidade. Mas eu acho que é importante também a gente não naturalizar isso. A partir do momento em que a gente naturaliza, a gente tá escondendo a omissão do Estado. A gente tem que ser forte porque esse estado é omisso e nos violenta todos os dias. É importante jogar a responsabilidade para quem ela tem que ser jogada”, disse.
Share:

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Assembleia dos servidores anistiados telefônicos será dia 14 de março, às 15h, no sindicato

O Sintrasef convoca para assembleia dos servidores anistiados telefônicos (ex-Telerj), na terça-feira (14/3), às 15h, no auditório do Sintrasef (Av. Treze de Maio, 13/10° andar, Centro).

Na pauta:
- Informes;
- Eleição de Núcleo de Base;
- Encaminhamentos.



Share:

Sintrasef auxilia na comprovação de requisitos para pensão


Filhas de servidores falecidos que estão sofrendo revisão dos requisitos para continuarem recebendo suas pensões podem procurar a Secretaria Jurídica do Sintrasef, nos telefones 2272-4207/4208/4231, para suas defesas tanto administrativa quanto judicial. O sindicato esclarece que de acordo com a Lei 3373, de 1958, filhas solteiras, maiores de 21 anos e sem cargo público permanente podem receber a pensão.

Entretanto, desde o começo de 2017, seguindo um acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU), os diversos órgãos federais estão analisando as fontes de renda das pensionistas para confirmarem se elas têm direito à pensão.


O Sintrasef reforça que o TCU não é órgão legislador e não pode estabelecer critérios para o pagamento da pensão.
Share:

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Grito de carnaval do bloco Boca que Fala é nesta sexta-feira (24/2)

Em razão de dificuldades burocráticas impostas pela RioTur, o bloco Boca que Fala fará seus festejos carnavalescos no Centro Esportivo Zona Oeste (Rua Francisco Real, 975 – Campo do Marcelino. Ao lado da Pizzaria Império D’Itália, em frente à Clínica Serv-Baby, em Padre Miguel), nesta sexta-feira (24/2), às 12h. Os filiados podem pegar as camisetas do bloco no local.

Atenciosamente,


Diretoria Colegiada do Sintrasef
Share:

“Não se trata de uma reforma da Previdência, mas de um desmonte”

Em entrevista sobre a proposta de reforma da Previdência, já em fase de debates em comissão especial instalada na Câmara dos Deputados, o analista político e diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antônio Augusto de Queiroz, afirma que a reforma promove um desmonte de direitos do contribuinte. Para ele, “a população vai se dar conta do quanto essa reforma é dura, e que estão querendo fazer o ajuste somente em cima de assalariados, de segurados da Previdência e de quem vive de prestação do Estado. Aí a pressão vai ser de tal ordem que os parlamentares tenderão a modificar a proposta, tirar os seus efeitos mais perversos”.

O compromisso do governo é, principalmente, com os credores da dívida pública e o mercado de previdência privada. Queiroz diz que o aumento da contribuição para 49 anos, além da idade mínima para requerer aposentadoria de 65 anos para homens e mulheres, são reflexos da linha política-ideológica de Temer. “O Michel Temer foi levado à condição de presidente da República para alterar a agenda do governo anterior, que era tida como intervencionista na atividade econômica, para fazer privatizações e um ajuste fiscal que levasse ao equilíbrio das contas públicas. Mas, como todo liberal e fiscalista, ele sempre busca, nesses ajustes, favorecer mais o capital do que o trabalho. O trabalho é sempre mais penalizado”, diz.

Segundo Queiroz, a proposta é excessivamente “dura, draconiana”, por não considerar a realidade do contribuinte brasileiro, em que muitos morrerão antes de poder usufruir os benefícios previdenciários. “Para que o segurado do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) possa ter 100% da média de contribuição que ele fez no seu benefício, ele precisa comprovar contribuição por 49 anos. E aí, como segurado do INSS, no setor privado, a cada 12 meses ele fica três para contribuir – por informalidade, por desemprego etc –, ele iria precisar de 64 anos e meio para comprovar os 49 anos de contribuição. Ou seja, ele não estaria vivo para usufruir da aposentadoria dele. É uma regra muito dura”, explica.

Diálogos Congresso em Foco

O Diálogos Congresso em Foco é uma iniciativa que aposta na troca de ideias entre instituições e entidades como caminho para o país sair da profunda crise em que se encontra. Em 2017, o fórum de discussões entra em seu segundo ano na expectativa de tratar de temas como a formação política da sociedade, o papel dos meios de comunicação, medidas de combate à corrupção e ao desemprego, a gestão das finanças públicas etc. Para participar do debate e registrar a sua opinião por meio de comentários, acesse a página do Diálogos no Facebook ou envie suas contribuições em texto, vídeo ou áudio para o email: dialogos@congressoemfoco.com.br

Leia a íntegra da entrevista,

Congresso em Foco – De que maneira as discussões do Diálogos Congresso em Foco podem ser úteis no debate sobre a reforma da Previdência?

Antônio Augusto de Queiroz – A primeira contribuição que o fórum pode dar, em debate como este da reforma da Previdência, é chamar a atenção para que, de fato, há um desequilíbrio nas contas públicas. E que, portanto, há a necessidade de um ajuste no orçamento dos governos federal, estadual e municipal. O que se deve ter presente nisso é que esse ajuste, que vai implicar sacrifícios, seja feito distribuindo esses sacrifícios entre todos os agentes econômicos e sociais do país, e não apenas um segmento em particular. E que esse sacrifício seja proporcional à capacidade contributiva de cada um.

Porque o que se nota, no caso específico da reforma da Previdência, é que vem uma reforma muito dura, e para dar efetividade à Emenda à Constituição 91, aquela que congelou o gasto público em termos reais, mas só congelou a parte do gasto de despesas não financeiras. O que for economizado com despesas não financeiras se converterá em superávit e, em consequência, será utilizado para amortizar a dívida e pagar os juros. O titular ou credor de título público está blindado. Com esse ajuste, ele só ganha. Não perde nada, não participa desse sacrifício.


Há quem diga que o governo mente quando diz que a Previdência é deficitária. Quem está com a razão?

Na verdade, o governo usa, para demonstrar que há insuficiência no financiamento da Previdência, ou déficit, apenas as contribuições de trabalhadores e empregadores sobre a folha. Ora, em um momento de recessão, em que o PIB (Produto Interno Bruto) teve uma contração da ordem de 7%, é claro que as receitas desses campos diminuem, porque têm 12 milhões de desempregados. E o governo utiliza só essa fonte, utiliza essa fonte sem considerar as renúncias, as isenções, e a não cobrança da dívida ativa da Previdência.

E desconsidera ainda, solenemente, as receitas do Tesouro, as receitas da seguridade, não inclui PIS/Cofins, contribuição sobre o lucro líquido (CSLL), jogos de azar… Tudo isso vai, também, compor o orçamento que atinge a Previdência. Então, o primeiro aspecto é esse: excluir esses pontos, não considerar outras receitas.

De fato, a Previdência – em função dos critérios financeiros e atuarial, do crescimento demográfico, dessa mudança na pirâmide etária – vai requerer algum tipo de ajuste. Mas o problema é que está se fazendo sobre os atuais segurados, quando (reforma na) Previdência se faz, geralmente, para os futuros segurados, para frente, com regra de transição muito generosa em relação a quem está.


A escolha de Carlos Marun (PMDB-MS), aliado do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para presidente da comissão da reforma da Previdência causou certo frisson na Câmara, em razão do estilo contundente que o deputado tem apresentado. O que isso pode representar para a tramitação da proposta?

Antes de falar, especificamente, sobre a tramitação da proposta, eu queria falar mais alguma coisa sobre mérito. É o seguinte: a proposta está ampliando o tempo na atividade laboral antes da aposentadoria. E todos os países que em função de uma mudança na Previdência as pessoas vão permanecer por mais tempo em atividade fazem programas de inclusão digital para idosos, de capacitação continuada, de saúde ocupacional. Buscam adaptar os cargos e os horários, flexivelmente, de tal modo que acomode idosos, a redução do preconceito e a melhoria do transporte público. No Brasil, em relação a esses pontos, o que tende a ocorrer é o contrário, por força do congelamento dos gastos públicos. Ou seja, você retém o cidadão por mais tempo trabalhando, mas não lhe dá condições de trabalhar com a dignidade necessária frente à idade da pessoa.

Outro aspecto é o seguinte: para que o segurado do INSS possa ter 100% da média de contribuição que ele fez no seu benefício, ele precisa comprovar contribuição por 49 anos. E aí, como segurado do INSS, no setor privado, a cada 12 meses ele fica três para contribuir – por informalidade, por desemprego etc –, ele iria precisar de 64 anos e meio para comprovar os 49 anos de contribuição. Ou seja, ele não estaria vivo para usufruir da aposentadoria dele. É uma regra muito dura.


E em relação aos 65 anos para homens e mulheres?

Fazendo (a aplicação das mudanças) de forma gradual, não há problema. O problema é que você pega, por exemplo, os trabalhadores rurais. Hoje, mulher trabalha 55 anos, e homem, 60. Vai aumentar para 65 anos para o trabalhador rural – aumenta dez anos (de contribuição) para a mulher. No caso do professor, vamos aumentar 15 anos para mulher, para a professora. Vai tirar a aposentadoria especial do policial, que é atividade de risco. Vai haver uma série de mudanças. Outro exemplo: a idade mínima exigida para assistência social vai ser de 70 anos, e um valor que pode ser menor do que o salário mínimo. Então, são muitas mudanças que muita gente não vai ter sobrevida para poder usufruir.


E quanto à tramitação, com Carlos Marun?

O governo escolheu a dedo os operadores da comissão – Marun como presidente e Arthur Maia como relator. Na comissão há maioria, e o governo precisa apenas de maioria simples para aprovar a proposta. Agora, em plenário, são necessários três quintos (dos deputados, ou seja, 308 dos 513), em duas votações. Considerando a pressão popular que haverá – porque a população vai se dar conta do quanto essa reforma é dura, e que estão querendo fazer o ajuste somente em cima de assalariados, de segurados da Previdência e de quem vive de prestação do Estado –, a pressão vai ser de tal ordem que os parlamentares tendem a modificar essa proposta, tirar os seus efeitos mais perversos. Acho que a grande disputa vai se dar, mesmo, no plenário.


Isso sem falar na mobilização de entidades diversas, que têm o poder de multiplicar essa mobilização popular. A Conamp (Associação Nacional dos Membros do Ministério Público), por exemplo, já se prepara para o confronto e disse que nenhum ponto da proposta de reforma é defensável. O senhor compartilha desse entendimento?

Não chegaria a esse exagero. Acho que há pontos que são necessários. Por exemplo, está sendo lá cobrada a contribuição para previdência dos exportadores, que hoje são isentos de contribuição. Isso é um absurdo! Tem que cobrar mesmo. Estão previstos também uma série de mecanismos de fiscalização em relação a benefícios em que há desvios, e isso tem que ser feito mesmo. Mexer em pontos para o futuro é uma necessidade. Agora, as regras de transição apresentadas, de fato, prejudicam enormemente os atuais segurados. Negam a eles a expectativa do direito e, mais do que isso, o direito acumulado.


O governo Temer usa essa reforma para beneficiar o capital financeiro?

O Michel Temer foi levado à condição de presidente da República para alterar a agenda do governo anterior, que era tida como intervencionista na atividade econômica, para fazer privatizações e um ajuste fiscal que levasse ao equilíbrio das contas públicas. Mas, como todo liberal e fiscalista, ele sempre busca, nesses ajustes, favorecer mais o capital do que o trabalho. O trabalho é sempre mais penalizado, e é isso o que ele está fazendo.

Quando ele propõe uma reforma da Previdência dessa, na verdade é para economizar, fazer superávit e, portanto, honrar os compromissos com os credores, com os títulos da dívida pública, por um lado, e ampliar o mercado de previdência privada – porque, se as pessoas descreem do Estado, do INSS, da previdência pública, elas vão buscar se proteger na previdência privada. Isso é uma decorrência natural, dado o alinhamento ideológico do governo.

No governo anterior havia, no seu interior, uma disputa pelo orçamento público para atender políticas de inclusão social, combater desequilíbrios regionais e de renda etc. No atual governo essa preocupação é pequena, baixa. A preocupação maior é garantir contratos, garantir propriedades, garantir a moeda, contratar serviços essenciais à população no setor privado, ou seja, reduzir o tamanho do aparelho do Estado tanto na concessão de serviços quanto no fornecimento de bens, direitos, programas sociais etc.


É uma reforma apenas para viabilizar o teto de gastos públicos, emenda à Constituição promulgada em 15 de dezembro?

Rigorosamente, isso. É o que está previsto na PEC do Teto de Gastos, que uma vez extrapolado o gasto – e ele vai extrapolar – dispara o gatilho, tirando direito do servidor. Só tirar direitos do servidor não vai ser suficiente para fazer o ajuste. É por isso que a PEC da Previdência é a única política pública capaz de dar o mínimo de recurso para fazer com que o governo possa honrar aquilo que está na PEC 55 (teto de gastos), ou seja, não gastar mais do que o que se gastou no ano anterior, porque aí terá que ser feito um corte duro na Previdência. E é ela que representa um volume significativo de recursos.


Defina a proposta de reforma em uma palavra?

Desmonte. Reforma é para melhorar.


Share:

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Alerj aprova a privatização da Cedae. Mobilização tentará impedir venda

Deputados aprovaram nesta segunda-feira (20/2) na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) a privatização da Cedae. 41 deputados votaram a favor da privatização e 28 contra (confira o voto de cada um ao final do texto). Com o resultado, o governo poderá vender a companhia de água e esgoto para o mercado privado e também contratar um empréstimo de R$3,5 bilhões.

Para o deputado Marcelo Freixo (PSOL) o valor que será arrecadado com a venda da Cedae é pífio. “Paga apenas um mês de folha dos servidores. Tem a dívida ativa, que chega a R$66 bilhões, que nunca foi cobrada por este governo. 10% da dívida é o dobro do valor da Cedae. Tão votando aqui porque querem sim privatizar o abastecimento de água. A situação de calamidade que o Rio se encontra é de calamidade política, a principal liderança está presa com mais de 200 processos. Querem tirar dos mais pobres, tentaram com o aluguel social, tiraram os restaurantes populares, e agora querem mexer na água. É um governo de covardes. Muitas coisas precisam ser melhoradas na Cedae, mas não é privatizando-a, falando que irá ajudar na crise financeira do Estado, que isso irá acontecer”, disse ele durante a votação.

O governo antecipou a votação contra a crescente mobilização popular na defesa de uma Cedae pública. Ainda assim, parlamentares como o deputado Luiz Paulo (PSDB) acreditam que a questão não está encerrada. “O que não faltam são inconstitucionalidades para impedir que esse projeto avance. A Lei de Responsabilidade Fiscal impede que o Estado do Rio contraia mais dívidas”, afirmou o deputado.

Greve

Os funcionários da companhia entraram em greve na madrugada desta segunda-feira (20/2). Logo após a votação eles saíram em marcha pelas principais ruas do Centro da cidade denunciado a manobra para a privatização e o pacote de maldades do governo Pezão contra servidores e trabalhadores na renegociação das dívidas do Estado com a União.

Saiba como votou cada deputado presente na votação:
A FAVOR
  • Ana Paula Rechuan (PMDB)
  • André Ceciliano (PT)
  • André Corrêa (DEM)
  • Aramis Brito (PHS)
  • Átila Nunes (PMDB)
  • Benedito Alves (PRB)
  • Carlos Macedo (PRB)
  • Chiquinho da Mangueira (PTN)
  • Conte Bittencourt (PPS)
  • Coronel Jairo (PMDB)
  • Daniele Guerreiro (PMDB)
  • Dica (PTN)
  • Dionísio Lins (PP)
  • Doutor Gotardo (PSL)
  • Edson Albertasse (PMDB)
  • Fábio Silva (PMDB)
  • Fatinha (Solidariedade)
  • Marco Figueiredo (PROS)
  • Filipe Soares (DEM)
  • Geraldo Pudim (PMDB)
  • Gil Vianna (PSB)
  • Gustavo Tutuca (PMDB)
  • Iranildo Campos (PSD)
  • Jânio Mendes (PDT)
  • João Peixoto (PSDC)
  • Jorge Picciani (PMDB)
  • Marcelo Simão (PMDB)
  • Marcia Jeovani (DEM)
  • Marcos Abraão (PT do B)
  • Marcos Muller (PHS)
  • Marcus Vinicius (PTB)
  • Milton Rangel (DEM)
  • Nivaldo Mulin (PR)
  • Paulo Melo (PMDB)
  • Pedro Augusto (PMDB)
  • Rafael Picciani (PMDB)
  • Renato Cozzolino (PR)
  • Rosenverg Reis (PMDB)
  • Tia Ju (PRB)
  • Zé Luiz Anchite (PP)
  • Zito (PP)
CONTRA:
  • Bebeto (PDT)
  • Bruno Dauaire (PR)
  • Carlos Lins (sem partido)
  • Carlos Osório (PSDB)
  • Cidinha Campos (PDT)
  • Doutor Julianelli (Rede)
  • Eliomar Coelho (PSOL)
  • Enfermeira Rejane (PC do B)
  • Flávio Bolsonaro (PSC)
  • Flávio Serafini (PSOL)
  • Geraldo Moreira da Silva (PTN)
  • Gilberto Palmares (PT)
  • Jorge Felippe Neto (DEM)
  • Lucinha (PSDB)
  • Luiz Martins (PDT)
  • Luiz Paulo (PSDB)
  • Marcelo Freixo (PSOL)
  • Márcio Pacheco (PSC)
  • Martha Rocha (PDT)
  • Paulo Ramos (PSOL)
  • Samuel Malafaia (DEM)
  • Silas Bento (PSDB)
  • Tio Carlos (SDD)
  • Wagner Montes (PRB)
  • Waldeck Carneiro (PT)
  • Wanderson Nogueira (PSOL)
  • Zaqueu Teixeira (PDT)
  • Zeidan (PT)

O deputado Dr. Deotalto (DEM) foi o único a não comparecer à votação. 
Share:

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Oito de março: greve mundial das mulheres contra o feminicídio, a exploração no trabalho e a desumanização

Centrais sindicais, coletivos feministas, movimentos de mulheres, estudantes, ativistas e intelectuais feministas convocam uma greve geral internacional das mulheres para o dia 8 de março. O movimento já ganhou reconhecimento mundial, e mulheres de diversos países estão realizando assembleias e se preparando para a greve. Através do site parodemujeres.com é possível acompanhar a organização de mulheres em mais de 30 países.

A greve no final do ano passado contra o feminicídio na Argentina deu base para esse ato que une países contra violências, retrocessos e a exploração econômica da mulher, que ganha em média quase 30% menos que os homens pelas mesmas tarefas. No Brasil, o tema terá como foco a Reforma da Previdência, que entre as mudanças, iguala o tempo de contribuição da aposentadoria das mulheres com a dos homens.

“O 8 de março unificado vem dos movimentos nacionais, especialmente da Marcha das Margaridas, a partir da resistência à reforma da Previdência. Nos posicionamos contra a cultura do estupro e o feminicídio. O desmonte dos direitos públicos e a crise do capital para nós tem todas as conexões possíveis com essas violências”, afirmou a ativista Jolúzia Batista, do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea).

No site parodemujeres.com é possível saber as diversas formas de participar do protesto:
  • Greve total, parar no trabalho e nas tarefas domésticas e sociais.
  • Greve em tempo parcial, parando o trabalho por algumas horas.
  • Caso não seja possível parar no seu trabalho, usar elementos que simbolize a causa, como vestir roupa preta e protestar nas redes sociais.
  • Boicote à empresas que usam o sexismo em suas propagandas. 
  • Boicotar lugares misóginos.
  • Bloquear caminhos e ruas.
  • Demonstrações públicas. Marchas, piquetes e escracho.

Mulheres em luta por uma sociedade anticapitalista, antirracista e antissexista.  
Share:

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Convocação: reunião sobre aposentadoria de anistiados é dia 28/3

Convocação
O Sintrasef convoca os empregados anistiados que tiveram retorno pela Lei nº 8.878/94 para reunião que tratará sobre o pedido de averbação do período de afastamento para efeitos de aposentadoria junto ao INSS. A reunião será realizada no dia 28/03/2017, às 9h, na Av. Pres. Antônio Carlos, 375 - Centro, Rio de Janeiro - RJ.

A reunião contará com a presença da drª Érida Maria Feliz, que esclarecerá dúvidas sobre o procedimento e documentação necessária para ingresso do pedido junto ao INSS.

Segue ficha de inscrição que deverá ser preenchida e enviada para o e-mail palestra.anistiados@sintrasef.org.br

         >>>Ficha de inscrição<<<

Em caso de dúvidas, entrar em contato com o Sr. Rubens Motonio no telefone (21) 96621-7683.

Contamos com sua presença!  















Share:

Servidores se mobilizam para barrar reforma da Previdência


Para travar uma conjuntura extremamente desfavorável, a mais difícil dos últimos 30 anos segundo a avaliação de muitos representantes da classe trabalhadora, um trabalho intenso de mobilização está sendo feito. A Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) participa de todas as movimentações que buscam organizar a classe trabalhadora para promover ações capazes de barrar as diversas investidas contra direitos adquiridos.

A falta de trégua e também da ausência de diálogo no envio de projetos ao Congresso Nacional que mexem com temas com potencial para marcar pelo menos uma geração de brasileiros devem ser suficientes para garantir a adesão dos trabalhadores nas lutas que estão por vir. O Conselho Deliberativo de Entidades (CDE) da Condsef já aprovou em suas resoluções a participação da entidade em todas as agendas de defesa da classe trabalhadora.

Os servidores também já confirmaram reuniões, atos e ações para lançar a Campanha Salarial Unificada dos servidores deste ano. No dia 21 deste mês o fórum volta a se reunir. No dia 22 os servidores realizam ação em Brasília, no aeroporto e no Congresso, para marcar o lançamento da Campanha Salarial. No dia 8 de março a Condsef participa de atividade que vai marcar além do Dia Internacional da Mulher a luta contra a Reforma a Previdência. Lembrando que mulheres estão entre as mais prejudicadas com as novas regras propostas por esse governo que não obteve sequer um voto da população e, portanto, é considerado ilegítimo e incapaz de impor tantos ataques aos trabalhadores.


Jornadas de lutas, paralisações, greves em todo o Brasil, caravanas contra projetos como a PEC 287 também estão sendo debatidas para acontecer em março. A Condsef/Fenadsef e suas filiadas acompanham toda a agenda e convocam os servidores a se integrarem nessa luta em todo o Brasil por servidores e trabalhadores valorizados, por serviços públicos de qualidade para o país e por desenvolvimento econômico com justiça social.
Share:

Servidores resistirão à imposição de regulamentação que atinge direito de greve

Conduzindo um projeto de governo que não obteve sequer um voto da população brasileira e, portanto, sem legitimidade, Michel Temer anunciou nesta segunda-feira (13/2) a intenção de encaminhar ao Congresso Nacional um projeto para regulamentar o direito de greve dos servidores públicos. Mesmo negando relação direta com o fato, o anúncio de Temer é feito num momento onde parte da sociedade está assustada com os desdobramentos de mobilizações de categorias como a de policiais civis que gerou uma crise no Espírito Santo e ameaça estourar também no Rio de Janeiro. Como trabalhadores, policiais também devem ter assegurado seu direito legítimo de buscar melhores condições para cumprir suas funções. Não se pode admitir que mais uma vez o governo atropele os debates e imponha seus interesses amordaçando aqueles que exercem resistência e podem ser encarados como obstáculo ao avanço de projetos que retiram direitos da classe trabalhadora.

Não se sabe nada sobre o conteúdo do projeto que motivou o anúncio de Temer, mas baseado nos que já estão no Congresso, como o PLS 327/14 de autoria de Romero Jucá, a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) alerta que é preciso atenção máxima. Na avaliação das entidades representativas dos servidores, o relatório de Jucá reúne um apanhado do que há de pior entre os 23 projetos na Câmara dos Deputados e 4 no Senado que tramitam sobre o tema.

No PLS 327 de Jucá há muitos elementos que podem inviabilizar qualquer tentativa de servidores se organizarem em torno de uma greve legítima. Entre outros pontos, o projeto prevê que a entidade sindical deve, sob pena de a greve ser considerada ilegal, comunicar ao órgão público com pelo menos dez dias de antecedência a greve; apresentar um plano de continuidade dos serviços, fixando um percentual mínimo de 70% para atividade considerada essencial e 50% para as demais áreas do serviço público. O projeto ainda admite a substituição de grevista, multa para a entidade sindical em caso de descumprimento da lei de greve, e proíbe greve nos 60 dias que antecedem eleições. Somado a isso vale lembrar que o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou o corte de ponto de servidores que promovam greve considerada ilegal, o que pelo funil dos itens regulatórios que podem ser aprovados alcançariam praticamente toda e qualquer tentativa de greve.

Para a iniciativa privada a lei assegura direito a greve desde que mantidos 30% dos serviços essenciais funcionando, e vale lembrar que o setor privado possui a negociação coletiva reconhecida. A Constituição assegura o direito de greve aos servidores, mas regulamentar esse direito sem um debate franco com representantes da categoria e fazer isso sem garantir o direito à negociação coletiva, também ainda sem regulamentação, é lançar o servidor a uma situação de subordinação completa que não pode e não vai ser tolerada pela categoria. Nesse cenário de subordinação o servidor corre grave risco de ser obrigado a aceitar qualquer condição de trabalho sem que tenha condições de defender demandas e reivindicações legítimas.

Regulamentação já

O que a Condsef e demais entidades continuam reforçando é que em meio a todo esse debate, a regulamentação da negociação coletiva segue como ponto chave. Quando processos de negociação com critérios e regras asseguram avanços em diálogos entre trabalhadores e patrões, a greve perde sua razão de ser. Portanto, nenhum trabalhador faz greve porque quer, mas quando se depara com impasses indissolúveis, impasses esses que podem ser contidos quando há um canal de negociação, hoje ainda negado aos servidores, mesmo com a ratificação da Convenção 151 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) feita por um governo eleito de forma legítima. Para a Condsef, negar o direito de um trabalhador à greve é impor-lhe uma condição quase escrava onde este tem que se submeter a todas as vontades de seu empregador.
Em 2012, centrais sindicais debateram intensamente uma proposta de regulamentação da negociação coletiva e do direito de greve no serviço publico e chegaram a uma proposta de consenso que chegou a ser apresentada aos ministérios do Planejamento, do Trabalho e Secretaria-Geral da Presidência.

Em alerta

As entidades representativas dos servidores estão atentas às movimentações no Congresso Nacional e vão denunciar junto aos trabalhadores a posição de deputados e senadores que votarem a favor de propostas absurdas e arbitrárias. O direito de greve dos servidores é legítimo e precisa ser garantido em toda sua essência. Para isso, as entidades não medirão esforços na luta em defesa de mais esta importante bandeira de luta para servidores públicos de todas as esferas.


A Condsef vai propor ações em conjunto com outras entidades representativas dos servidores para lutar contra mais essa arbitrariedade. Além de buscar assegurar o direito constitucional dos trabalhadores do setor público à greve quando assim considerarem necessário, o debate sobre negociação coletiva - direito ainda negado à categoria - deve ser estimulado. A mobilização e unidade devem ser ampliadas em torno desses temas. A expectativa continua sendo de que esse debate seja conduzido de forma adequada, sem atropelos e zelando por justiça, sem ferir os direitos garantidos a todo trabalhador.
Share:

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Reforma da Previdência também atinge servidores federais


 Servidores federais também terão seus direitos atingidos pela PEC 287/16, que propõe uma reforma da Previdência e foi enviada ao Congresso Nacional por um governo que não foi eleito legitimamente, num momento de enorme instabilidade.

Para discutir essa proposta, representantes de diversas categorias tanto do setor público quanto privado, entre elas a Condsef, se reuniram em São Paulo na úlltima semana para o Seminário Reforma da Previdência – Desafios e ação sindical. A PEC propõe alterar pilares que estruturam a Previdência e incluem o tempo de contribuição, idade mínima, cálculo do valor dos benefícios e forma de financiamento da Previdência. 

Com a mudança no financiamento, a PEC possibilita o incentivo à previdência privada, mas sem nenhum instrumento que garanta a preservação do patrimônio investido pelo trabalhador.

Servidores

No caso dos servidores, a PEC 287 propõe que sejam revogadas todas as regras de transição já aprovadas, entre elas EC 41 e EC 47, por exemplo, para que seja criada uma nova regra com retirada de direitos. Esse item deve ser analisado pelo jurídico da Condsef, já que o acordo firmado que garante a incorporação da média das gratificações nas aposentadorias está diretamente atrelado a essas emendas. Como regra geral a PEC prevê o aumento para dez anos de efetivo exercício e cinco anos no mesmo cargo. Exige 25 anos de tempo de contribuição e 65 anos no mínimo para ambos os sexos se aposentarem.

Para fugir dessa PEC o servidor precisa preencher requisitos: ter 50 anos no caso dos homens e 45 no das mulheres na data da promulgação da emenda. Além disso, deve preencher os requisitos exigidos para se aposentar aos 60 anos homens e 55 mulheres e ter a soma da idade com anos de contribuição atingindo 95 para homens e 85 mulheres. Deve ainda ter comprovados 20 anos efetivos de exercício no serviço público, além de cinco anos trabalhando no mesmo cargo.

Os servidores que ingressaram até 31 de dezembro de 2003 e que preencherem os requisitos da regra de transição seguem tendo direito a se aposentar integralmente. O direito à paridade também fica assegurado. Quem ingressou no setor público depois dessa data fica condicionado a um cálculo que considera 51% da média de todas as remunerações. Além disso, acrescenta-se 1% nesse cálculo para cada ano de contribuição. O resultado dessa média não pode ultrapassar o teto do Regime Geral, que hoje está em R$5.531,31.

Hoje para calcular o valor da aposentadoria a que o servidor tem direito é considerado como média 80% das maiores remunerações desse servidor. A PEC ainda regulamenta o fim do direito à paridade e obriga o servidor a aderir ao regime complementar. Os servidores que ingressaram no setor público até 16/12/1998 têm direito a redução de um dia na idade mínima para cada dia contribuído a mais.

Pensionistas

 As pensões por morte passam a ter os mesmos requisitos que o Regime Geral da Previdência. O valor da pensão passa a ser calculado considerando 50% do valor do salário do servidor mais 10% por dependente: esposa e filhos menores de idade até o limite de 100% do valor do salário do servidor.

Aposentadoria por invalidez

Também sofre alterações. Com a PEC o servidor que apresentar pedido de aposentadoria por invalidez poderá passar por uma avaliação e ser reaproveitado em qualquer área em que tiver condições de trabalhar, mesmo se houver impossibilidade para exercer sua função original.

Combater a reforma

Vale reforçar que a proposta que prevê mudanças amplas e profundas para todos dá apenas linhas gerais do que o governo de Michel Temer pretende. Significa que é possível que outras alterações aconteçam por meio de instrumentos de regulamentação mesmo depois de uma possível aprovação da PEC.

Há ainda a previsão de um gatilho na PEC para que toda vez que o IBGE aumentar a expectativa de vida do brasileiro, automaticamente seja aumentada a obrigatoriedade do trabalhador em contribuir por mais um ano antes de alcançar o direito de se aposentar.

Essa combinação de regras da PEC 287 que puxa para baixo o valor do benefício e traz estímulos sutis e outros nem tanto de incentivo à previdência privada é o que deve ser fortemente combatido pela classe trabalhadora.
Share:

PEC 287: A minimização da Previdência pública

A Proposta de Emenda Constitucional nº 287 (PEC 287), enviada pelo governo ao Congresso Nacional no início de dezembro de 2016, altera diversas regras referentes aos benefícios da Previdência e da Assistência Social.
As mudanças propostas para a Previdência incidem tanto sobre o Regime Geral da Previdência Social (RGPS), que protege os trabalhadores da iniciativa privada e os servidores públicos que não contam com regimes próprios, quanto sobre os Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS), voltados a atender as necessidades dos servidores públicos federais, estaduais ou municipais. As mudanças aprofundam a convergência das regras entre os dois regimes previdenciários vigentes (RGPS e RPPSs1), embora eles se mantenham distintos.

Clique Aqui Leia Nota Técnica do DIEESE Sobre a Reforma Previdência
Share:

Proposta institui sistema de governo parlamentarista no Brasil

Tramita na Câmara dos Deputados a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 245/16, de autoria do deputado Beto Rosado (PP-RN), que institui o sistema de governo parlamentarista no Brasil. A proposta também altera o sistema de eleição dos deputados, prevendo sistema distrital e majoritário, em lugar do atual sistema proporcional.

Para Rosado, o sistema presidencialista está pouco preparado para lidar com as crises políticas, sociais e econômicas que ocorrem no transcurso dos mandatos eletivos. “As regras de funcionamento do sistema parlamentarista são mais adequadas às características das modernas democracias representativas, que exigem respostas rápidas e pertinentes às demandas políticas sempre renovadas da sociedade civil”, argumenta.
Pela proposta, o primeiro-ministro será indicado pelo presidente da República e aprovado pela Câmara dos Deputados, após apresentação e defesa detalhada do programa de governo diante do Parlamento. O primeiro-ministro também será responsável pela execução do programa no transcurso da legislatura da Câmara dos Deputados.
Já o conselho de ministros, nomeado e presidido pelo primeiro-ministro, exercerá a direção superior da administração federal, promoverá a unidade da ação governamental, elaborará planos nacionais e regionais de desenvolvimento, e deliberará sobre a edição de medidas provisórias, com força de lei, entre outras atribuições.
O cargo de primeiro-ministro será privativo de brasileiro nato. Ele deverá ter, no mínimo, 35 anos de idade e terá o subsídio fixado pelo Congresso Nacional.
Exoneração do governo
A proposta prevê a exoneração do governo: no início de legislatura, no caso de aprovação de moção de censura pela Câmara dos Deputados, e no caso da não aprovação de voto de confiança pela Câmara, quando solicitado pelo primeiro-ministro.
Conforme o texto, a moção de censura ao governo poderá ser apresentada por iniciativa de 1/4 dos membros da Câmara dos Deputados, desde que decorridos seis meses da posse do primeiro-ministro, e deverá ser aprovada pela maioria absoluta dos deputados. A moção de censura deverá conter a indicação simultânea do novo nome para primeiro-ministro e a apresentação do conteúdo de seu programa de governo. A proposta veda a iniciativa de mais de três moções de censura que acarretem na destituição do governo na mesma legislatura da Câmara.
O texto também permite que o primeiro-ministro, em exposição motivada, proponha ao presidente da República a dissolução da Câmara dos Deputados e a convocação imediata de eleições, quando a maioria parlamentar que aprovou a sua investidura negar apoio à execução do programa de governo. Porém, a Câmara não poderá ser dissolvida se autorizado processamento de moção de desconfiança pela Câmara em desfavor do governo, no último semestre da legislatura, na vigência de estado de sítio ou estado de defesa, ou sem prévia proposta do primeiro-ministro.
Sistema distrital e majoritário
A PEC prevê sistema majoritário para a eleição dos deputados, com número de distritos idêntico ao de cadeiras em disputa. A demarcação geográfica dos distritos caberá ao Tribunal Superior Eleitoral, com a colaboração dos respectivos tribunais regionais eleitorais.
“Essa sistemática de votação favorece a formação de um sistema político com menor número de partidos, dado o incentivo para que os eleitores concentrem seus votos nos candidatos com maiores chances de êxito eleitoral no distrito”, sustenta o autor da proposta. “Em consequência, o processo de formação da maioria que dará sustentação ao governo e fornecerá a base política que constituirá o conselho de ministros ficará facilitado pelo número menor de negociações entre o primeiro-ministro e as lideranças dos partidos com representação na Câmara dos Deputados”, completa Rosado.
Tramitação
A PEC será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania quanto a sua admissibilidade. Se aprovada, será examinada por uma comissão especial antes de ser votada em dois turnos pelo Plenário.
Share:

Arquivo do blog

Postagens mais visitadas

Tecnologia do Blogger.

Canal do Youtube Sintrasef

Arquivo do blog