Deputados aprovaram nesta
segunda-feira (20/2) na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro
(Alerj) a privatização da Cedae. 41 deputados votaram a favor da privatização e
28 contra (confira o voto de cada um ao final do texto). Com o resultado, o
governo poderá vender a companhia de água e esgoto para o mercado privado e
também contratar um empréstimo de R$3,5 bilhões.
Para o deputado Marcelo
Freixo (PSOL) o valor que será arrecadado com a venda da Cedae é pífio. “Paga
apenas um mês de folha dos servidores. Tem a dívida ativa, que chega a R$66
bilhões, que nunca foi cobrada por este governo. 10% da dívida é o dobro do
valor da Cedae. Tão votando aqui porque querem sim privatizar o abastecimento
de água. A situação de calamidade que o Rio se encontra é de calamidade
política, a principal liderança está presa com mais de 200 processos. Querem
tirar dos mais pobres, tentaram com o aluguel social, tiraram os restaurantes
populares, e agora querem mexer na água. É um governo de covardes. Muitas
coisas precisam ser melhoradas na Cedae, mas não é privatizando-a, falando que
irá ajudar na crise financeira do Estado, que isso irá acontecer”, disse ele durante
a votação.
O governo antecipou a
votação contra a crescente mobilização popular na defesa de uma Cedae pública.
Ainda assim, parlamentares como o deputado Luiz Paulo (PSDB) acreditam que a
questão não está encerrada. “O que não faltam são inconstitucionalidades para
impedir que esse projeto avance. A Lei de Responsabilidade Fiscal impede que o
Estado do Rio contraia mais dívidas”, afirmou o deputado.
Greve
Os funcionários da
companhia entraram em greve na madrugada desta segunda-feira (20/2). Logo após
a votação eles saíram em marcha pelas principais ruas do Centro da cidade
denunciado a manobra para a privatização e o pacote de maldades do governo
Pezão contra servidores e trabalhadores na renegociação das dívidas do Estado
com a União.
Saiba como votou cada
deputado presente na votação:
A FAVOR
- Ana Paula Rechuan (PMDB)
- André Ceciliano (PT)
- André Corrêa (DEM)
- Aramis Brito (PHS)
- Átila Nunes (PMDB)
- Benedito Alves (PRB)
- Carlos Macedo (PRB)
- Chiquinho da Mangueira (PTN)
- Conte Bittencourt (PPS)
- Coronel Jairo (PMDB)
- Daniele Guerreiro (PMDB)
- Dica (PTN)
- Dionísio Lins (PP)
- Doutor Gotardo (PSL)
- Edson Albertasse (PMDB)
- Fábio Silva (PMDB)
- Fatinha (Solidariedade)
- Marco Figueiredo (PROS)
- Filipe Soares (DEM)
- Geraldo Pudim (PMDB)
- Gil Vianna (PSB)
- Gustavo Tutuca (PMDB)
- Iranildo Campos (PSD)
- Jânio Mendes (PDT)
- João Peixoto (PSDC)
- Jorge Picciani (PMDB)
- Marcelo Simão (PMDB)
- Marcia Jeovani (DEM)
- Marcos Abraão (PT do B)
- Marcos Muller (PHS)
- Marcus Vinicius (PTB)
- Milton Rangel (DEM)
- Nivaldo Mulin (PR)
- Paulo Melo (PMDB)
- Pedro Augusto (PMDB)
- Rafael Picciani (PMDB)
- Renato Cozzolino (PR)
- Rosenverg Reis (PMDB)
- Tia Ju (PRB)
- Zé Luiz Anchite (PP)
- Zito (PP)
CONTRA:
- Bebeto (PDT)
- Bruno Dauaire (PR)
- Carlos Lins (sem partido)
- Carlos Osório (PSDB)
- Cidinha Campos (PDT)
- Doutor Julianelli (Rede)
- Eliomar Coelho (PSOL)
- Enfermeira Rejane (PC do B)
- Flávio Bolsonaro (PSC)
- Flávio Serafini (PSOL)
- Geraldo Moreira da Silva (PTN)
- Gilberto Palmares (PT)
- Jorge Felippe Neto (DEM)
- Lucinha (PSDB)
- Luiz Martins (PDT)
- Luiz Paulo (PSDB)
- Marcelo Freixo (PSOL)
- Márcio Pacheco (PSC)
- Martha Rocha (PDT)
- Paulo Ramos (PSOL)
- Samuel Malafaia (DEM)
- Silas Bento (PSDB)
- Tio Carlos (SDD)
- Wagner Montes (PRB)
- Waldeck Carneiro (PT)
- Wanderson Nogueira (PSOL)
- Zaqueu Teixeira (PDT)
- Zeidan (PT)
O deputado Dr. Deotalto
(DEM) foi o único a não comparecer à votação.