Centrais
sindicais, coletivos feministas, movimentos de mulheres, estudantes, ativistas
e intelectuais feministas convocam uma greve geral internacional das mulheres
para o dia 8 de março. O movimento já ganhou reconhecimento mundial, e mulheres
de diversos países estão realizando assembleias e se preparando para a greve. Através
do site parodemujeres.com é possível acompanhar a organização de mulheres em
mais de 30 países.
A
greve no final do ano passado contra o feminicídio na Argentina deu base para
esse ato que une países contra violências, retrocessos e a exploração econômica
da mulher, que ganha em média quase 30% menos que os homens pelas mesmas
tarefas. No Brasil, o tema terá como foco a Reforma da Previdência, que entre
as mudanças, iguala o tempo de contribuição da aposentadoria das mulheres com a
dos homens.
“O
8 de março unificado vem dos movimentos nacionais, especialmente da Marcha das
Margaridas, a partir da resistência à reforma da Previdência. Nos posicionamos
contra a cultura do estupro e o feminicídio. O desmonte dos direitos públicos e
a crise do capital para nós tem todas as conexões possíveis com essas
violências”, afirmou a ativista Jolúzia Batista, do Centro Feminista de
Estudos e Assessoria (Cfemea).
No
site parodemujeres.com é possível saber as diversas formas de participar do
protesto:
- Greve total,
parar no trabalho e nas tarefas domésticas e sociais.
- Greve em tempo
parcial, parando o trabalho por algumas horas.
- Caso não
seja possível parar no seu trabalho, usar elementos que simbolize a
causa, como vestir roupa preta e protestar nas redes sociais.
- Boicote à
empresas que usam o sexismo em suas propagandas.
- Boicotar
lugares misóginos.
- Bloquear
caminhos e ruas.
- Demonstrações
públicas. Marchas, piquetes e escracho.
Mulheres
em luta por uma sociedade anticapitalista, antirracista e antissexista.