Nesta quarta-feira (30/8), servidores em luta!

Servidores da ex Roquette Pinto realocados no Depex

Após intensa atuação do Sintrasef em reuniões no Rio e em Brasília, cerca de 30 servidores da ex Fundação Roquette Pinto

Pelo serviço público e contra a reforma da Previdência

Eu sou Servidor Público concursado. Nenhum político me favoreceu à essa vaga!

CPI apresenta balanço e mostra que Previdência é superavitária

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as contas da Previdência apresentou no mês de julho um balanço dos trabalhos referente ao primeiro semestre. A CPI realizou 22 audiências desde que foi instalada no Senado.

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Pelo serviço público de qualidade e contra as privatizações

Servidores públicos federais e estaduais realizaram nesta quarta-feira (30/8) um dia de protesto em defesa dos serviços públicos de qualidade e contra as reformas do governo golpista, entre elas o anúncio de privatização de cerca de 60 instituições públicas.

Durante o dia houve protestos e paralisações em órgãos como Uerj, Instituto Nacional de Cardiologia, Arquivo Nacional e Assembleia Legislativa, além de algumas escolas. No final da tarde os servidores reuniram-se na Candelária e com apoio da população marcharam até a Cinelândia denunciando o golpe político-jurídico-midiático que o país vive e consequências como desemprego, violência e cerceamento de liberdade para a maioria da população.
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segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Nesta quarta-feira (30/8), servidores em luta!

Servidores federais e estaduais farão paralisações e ato unificado contra a destruição do serviço público, contra as reformas do governo golpista e contra Temer e Pezão nesta quarta-feira (30/8). Após as paralisações nos diversos órgãos, a ato será às 17h, na Candelária.
Participe da paralisação, fortaleça a luta contra as demissões, contra os cortes, em defesa das instituições e de um Serviço Público de qualidade!
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sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Histórico mostra que consumidor paga a conta das privatizações. Se Eletrobras privatizar, luz deve aumentar

O governo de Michel Temer anunciou essa semana que pretende privatizar a Eletrobras, uma das maiores empresas de energia do mundo e a líder na América Latina, responsável por mais de 30% da geração de eletricidade e por 50% das linhas de transmissão de energia do país. O plano faz parte de um pacote de 57 projetos que serão incluídos no programa de vendas e concessões de ativos públicos ao setor privado, e inclui também a entrega de 14 aeroportos, 15 terminais portuários, além de rodovias e empresas como a Casa da Moeda, que fabrica as notas de real e os documentos de passaporte.
O principal objetivo dessas privatizações é fazer caixa para diminuir o déficit nas contas públicas, que deve ser de cerca de R$ 159 bilhões tanto em 2017 quanto em 2018. As privatizações, no entanto, não têm sido garantia de redução na dívida pública brasileira. Durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), por exemplo, foram privatizadas empresas importantes como a mineradora Vale do Rio Doce, todo o setor de telefonia e telecomunicações, além de dezenas de companhias geradoras e distribuidoras de energia. Mesmo com a entrega do patrimônio público ao setor privado, a dívida líquida do setor público explodiu nos governos tucanos, subindo de 32% do PIB (Produto Interno Bruto), em 1994, para 56% do PIB em 2002.
“O governo Fernando Henrique começou a privatizar dizendo que ia abater a dívida pública, melhorar a eficiência, a qualidade e diminuir as tarifas. A dívida pública só aumentou, as tarifas aumentaram muito acima da inflação e criamos um racionamento (de energia elétrica, em 2001)”, analisou o professor Ildo Sauer, ex-diretor da Petrobras de 2003 a 2008 e professor do Instituto de Engenharia e Ambiente da Universidade de São Paulo (IEA-USP), em recente entrevista à revista Carta Capital.

Preço baixo

Atualmente, a Eletrobras é uma empresa de economia mista, com participação de acionistas privados, mas controlada pelo governo, que detêm, no total, pouco mais de 60% das ações ordinárias da companhia. De acordo com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, a expectativa é arrecadar R$ 20 bilhões com a venda das ações da empresa, eliminando o controle federal. O valor esperado com a venda, no entanto, é pouco mais da metade do valor da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, que custou R$ 30 bilhões. Somente a receita líquida anual da estatal ultrapassa os R$ 60 bilhões, um valor três vezes maior do que a estimativa de mercado anunciada pelo ministro.
O patrimônio físico da Eletrobras também impressiona. São 47 usinas hidrelétricas, 114 termelétricas a gás natural, óleo e carvão, duas termonucleares, 69 usinas eólicas e uma usina solar. Todas são próprias ou em parcerias com outros sócios. Além disso, a Eletrobras controla a parte brasileira da usina binacional de Itaipu (Brasil-Paraguai), além de grandes hidrelétricas como as usinas de Xingó (entre Alagoas e Sergipe), Belo Monte (PA), Jirau e Santo Antônio, ambas em Rondônia, e as usinas nucleares Angra 1 e Angra 2, no Rio de Janeiro. A estatal possui mais de 17 mil funcionários.
A capacidade instalada de geração de energia elétrica da Eletrobras é de 47 mil megawatts (MW), o que representa 31% do total do país. A estatal ainda possui 71,2 mil quilômetros de linhas de transmissão, que corresponde à metade de todas as linhas instaladas no Brasil. Estão ainda sob controle da empresa mais de 270 subestações e seis distribuidoras de energia nos estados Piauí, Acre, Roraima, Amazonas, Rondônia e Alagoas, que atendem diretamente cerca de 12 milhões de habitantes.
Tarifa deve aumentar

Apesar da promessa do ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho (PSB), de que as contas de luz vão cair “no médio prazo”, a realidade tende a desmentir essa possibilidade. Isso porque a privatização vai implicar em uma revisão do atual modelo tarifário aprovado durante o governo da presidenta Dilma Rousseff (PT), por meio da Lei 12.783/2013. Nesse modelo, que permitiu a renovação das concessões das usinas hidrelétricas mais antigas, foi definida uma redução no valor da energia cobrado pelas geradoras, que passaram a vender a preço de custo. Esses valores foram repassados para as distribuidoras do país inteiro na forma de cotas. Por causa disso, a energia vendida pela Eletrobras é a mais barata do mercado e chega a custar quase três vezes menos do que a energia vendida por outras geradoras.
Para se ter uma ideia, em Rondônia, estado atendido por uma distribuidora da Eletrobras, o preço médio no final de 2016 era de R$ 630/1.000 kWh (quilowatt/hora). Já no estado do Pará, onde a distribuidora foi privatizada, a tarifa residencial custa R$ 740/1.000 kWh, cerca de 17% mais cara. Os seis estados atendidos diretamente pela Eletrobras, que reúnem 12 milhões de habitantes, seriam diretamente afetados, mas como a estatal também vende energia para distribuidoras de todo o país, a população inteira deverá sofrer as consequências de um aumento das tarifas.
“Certamente vai aumentar a tarifa de energia, porque vai revalorizar ativos amortizados, que terão que ser remunerados de novo para compensar o investidor. Deve ser algo de 8% a 10% (de aumento)”, afirma Luiz Pinguelli Rosa, ex-presidente da Eletrobras. Para evitar uma explosão das contas de luz, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Tiago Barros, pediu ao governo que, em caso de privatização, seja adotado um período de transição do modelo de cotas para diluir o impacto das novas tarifas, que vão onerar os consumidores.
EUA não privatizam


A tendência é que um grupo chinês compre a maior parte das ações que forem vendidas das Eletrobras, prevê o jornalista Luís Nassif. O controle do sistema elétrico e também da vazão dos mais importantes rios do país trará sérios riscos à soberania nacional. “Nos EUA, o parque hidroelétrico, que corresponde a 15% da matriz energética (deles), é estatal-federal, porque lá se acredita que energia elétrica, que envolve recursos hídricos, é de interesse nacional e não pode ser privado. Lá há muito cuidado com água, rios e represas e nunca se pensou em privatizar”, escreveu Nassif em seu blog no jornal GGN, ao criticar a decisão de privatização da Eletrobras. (Com Brasil de Fato)
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Para especialistas, privatizações de Temer trarão desemprego e desintegração nacional

O pacote de 57 privatizações anunciado pelo governo golpista do presidente Michel Temer (PMDB) nos últimos dias preocupa segmentos populares e especialistas. 
Para o economista Luiz Gonzaga Bellluzzo, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a iniciativa tende a prejudicar a cadeia de geração de empregos. Como exemplo ele cita o caso da Eletrobras: "A encomenda de equipamentos, de geradores, era feita prioritariamente no Brasil, o que provocava incentivo para as empresas privadas contratarem mais gente pra produzir mais equipamentos. Isso gerava renda, emprego, o trabalhador empregado começava a demandar bens e serviços, aí também gerava emprego para esses setores”.  
Antes mesmo do anúncio do pacote, a privatização da Eletrobras já vinha sendo mencionada pelo governo. A empresa administra 47 hidrelétricas, 270 subestações de energia e seis distribuidoras. Também devem fazer parte do programa de privatizações 18 aeroportos, além de terminais portuários, rodovias e outras estatais, como a Casa da Moeda, que emite as notas de real e os passaportes.  
O governo justificou a medida como uma tentativa de elevar as receitas, por conta na queda na arrecadação, e tentar cumprir a meta fiscal. O economista Belluzo, no entanto, avalia que a decisão piora a gestão fiscal do Estado e diminui a força do poder público como personagem importante na indução da economia porque vai haver uma perda “na capacidade de administração numa economia complexa, urbana e industrial como é a brasileira”. Para ele, “o que se está fazendo é diminuindo a capacidade do Estado brasileiro de promover política de emprego”.
  
Fim da integração nacional

A entrega dos aeroportos à iniciativa privada, por exemplo, vem sendo apontada como um dos grandes problemas do pacote anunciado pelo governo. O presidente do Sindicato Nacional dos Aeroportuários, Francisco Lemos, ressalta que essas empresas são de grande relevância para a integração nacional.  
Diante da privatização, ele projeta que a população das regiões onde os aeroportos não são considerados rentáveis deve ficar mais desassistida, o que pode prejudicar também os poderes públicos locais: “Esses aeroportos que não são lucrativos vão ficar abandonados à própria sorte, e aí estados e prefeituras terão que tirar recursos de outras áreas, como educação, saúde e segurança dos estados e municípios para colocar em aeroportos”.  

Interesse público X interesse privado  

Gilberto Cervinski, da coordenação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), afirma que há uma preocupação especial também com as privatizações no setor elétrico. Para ele, a iniciativa deve deixar a população mais vulnerável serviços caros e de pior qualidade porque o interesse privado não corresponde ao interesse público.
“Isso vai trazer futuros apagões, isso é praticamente certo, porque o capital não vai investir. O que está acontecendo não é investimento em novas obras pra ampliação do setor. Eles estão apenas tentando se apropriar do que existe. A gente sabe que o capital não investe dinheiro pra construir novas obras. É o Estado que estimula esse processo, são as empresas do governo, porque custa dinheiro”, ressalta Cervinski.

Os empreendimentos do pacote de privatizações devem ser leiloados até o final de 2018. O governo diz que a medida pode gerar R$ 44 bilhões ao longo do tempo de vigência dos contratos. (Com Brasil de Fato)
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terça-feira, 22 de agosto de 2017

Golpe: Governo aumenta contribuição previdenciária e adia reajuste

Em mais um desrespeito aos servidores públicos o governo decidiu aumentar de 11% para 14% a alíquota de contribuição previdenciária de todos que ganham acima de R$ 5.300 (teto de pagamento do INSS). A medida tem como objetivo conseguir uma elevação de R$ 1,9 bilhões na receita. Também ficou definido que os reajustes já concedidos para os servidores do poder Executivo serão adiados por um ano.
As medidas fazem parte do pacote de ajuste fiscal anunciada nesta segunda-feira (21/8) pelos ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo de Oliveira. 

O ministro do Planejamento também anunciou, entre outras medidas, a implantação de um teto remuneratório a todos os poderes e todos os entes da federação, o cancelamento de reajustes das remunerações de cargos comissionados, a extinção de 60 mil cargos vagos e a reestruturação das carreiras dos servidores públicos federais, aumentando de treze para 30 o número de níveis para progressão.
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quinta-feira, 17 de agosto de 2017

COMUNICADO

Vimos pela presente esclarecer alguns fatos inverídicos a respeito do SINTRASEF/RJ que estão sendo divulgados pelas redes sociais, bem como outros meios oficiais de publicação:
1) O primeiro fato a ser afastado diz respeito à ação de despejo que o sindicato está sofrendo na justiça estadual, cumprindo dizer que tal ação é fruto das gestões anteriores, e que se refere a apenas duas salas da sede do sindicato, as quais não são mais utilizadas no dia a dia. Ou seja, a sede do sindicato continua a funcionar na mesma localidade, na Avenida Treze de Maio, nº13, 10º andar, onde funcionam as Secretarias de Administração, Finanças, Jurídica, Políticas Públicas e as demais.
2) Foi publicado em imprensa oficial, no Diário Oficial da União de 11/08/2017, Edital de Convocação para criação do SINDICATO INTERMUNICIPAL DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS DOS MUNICÍPIOS DO RIO DE JANEIRO e para desfiliação do SINTRASEF/RJ, assinado pelo srº Victor Marcos Madeira. Porém, cumpre dizer que tal conduta é duvidosa por diversos motivos: 1) Tal conduta gera uma fragmentação da categoria, enfraquecendo o movimento forte dos servidores públicos federais; 2) a criação do referido sindicato não tem fundamento jurídico, pois não podem existir dois sindicatos com a mesma base territorial, uma vez que a base do SINTRASEF/RJ é todo Estado do Rio de Janeiro, o que inclui obviamente os municípios do Rio e Janeiro; 3) como não existe o sindicato que estão querendo criar, a desfiliação do SINTRASEF/RJ vai trazer imensos prejuízos aos nossos filiados, que estarão desprotegidos e sem representação sindical.
Assim, reiteramos que o SINTRASEF/RJ continua forte e de luta, com a sede no mesmo endereço de sua fundação, desde 1989. Ainda alertamos para o perigo de uma desfiliação de uma entidade que existe há quase 30 anos para uma que não existe!


DIREÇÃO COLEGIADA DO SINTRASEF/RJ
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COMUNICADO

O Sintrasef informa aos seus filiados, aos servidores públicos federais e a sociedade em geral que não é verdade a notícia de que este sindicato encerrará atividades e fechará suas portas devido a uma situação de despejo imobiliário. O Sintrasef continua funcionando em seu horário normal, das 9h às 18h, sempre na defesa do servidor e do serviço público de qualidade.
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segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Vigilância em Saúde: conferência regional defende manutenção do financiamento exclusivo e SUS 100% gratuito

O Sintrasef participou nesta quinta-feira (10/8) da 1ª Conferência Regional de Vigilância em Saúde da Região Metropolitana I do Rio de Janeiro. A conferência foi realizada na Casa de Cultura de Belford Roxo e contou com representantes dos 11 municípios que formam a Região Metropolitana I: Belford Roxo, Duque de Caxias, Itaguaí, Japeri, Magé, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados, São João de Meriti e Seropédica.
No encontro, profissionais de Saúde, representantes dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e gestores dos municípios discutiram o tema “Fortalecimento dos Programas e Ações de Vigilância em Saúde” e propostas para as conferências estadual, em setembro, e nacional, em novembro.
Para Luis Carlos Neto, vice-presidente do Conselho Municipal de Saúde de Itaguaí e diretor do Sintrasef, uma das principais propostas a ser levada é “a questão do financiamento da Vigilância em Saúde, porque sem financiamento nada funciona”. Ele explica que “hoje o financiamento vai para o caixa da Vigilância em Saúde, mas o governo está mudando esse financiamento. Ele não deixará dinheiro para a Vigilância em Saúde, colocará dentro do fundo municipal de Saúde. Ora, se com o fundo próprio já é difícil a Vigilância ter recursos, com um fundo conjunto muitos vão mexer e acabar com o dinheiro da Vigilância”.
Outra proposta a ser levada para as conferências estadual e nacional é a necessidade da defesa de um SUS inteiramente gratuito para a população, já que o governo golpista tenta privatizar atendimentos e terceirizar serviços, substituindo servidores de carreira e compromisso com a saúde pública por profissionais temporários ligados a empresas privadas.
Para essa defesa ser mais forte, Luis Carlos pede que a participação de servidores da base do Sintrasef seja cada vez maior, principalmente nas conferências municipais de saúde, que elegem os conselheiros municipais. “Se a base do Sintrasef participar de todas as conferências, podemos ter conselheiros em todos os 92 municípios do Rio de Janeiro”, afirma ele.

José Augusto, também diretor do Sintrasef na conferência, lembra que o primeiro passo para se construir essa força é o servidor se filiar. “Tem que estar filiado porque nós, servidores, somos o controle social através dos sindicatos e conselhos. Sem sindicato não se chega a lugar nenhum”, diz ele.
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terça-feira, 8 de agosto de 2017

CPI apresenta balanço e mostra que Previdência é superavitária

  
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as contas da Previdência apresentou no mês de julho um balanço dos trabalhos referente ao primeiro semestre. A CPI realizou 22 audiências desde que foi instalada no Senado.
Na apresentação dos resultados do primeiro semestre, o presidente da CPI, Senador Paulo Paim (PT-RS), voltou a reforçar que é necessário que o Governo repasse à Previdência os milhões de reais arrecadados à custa do trabalhador brasileiro, além de reafirmar a inexistência do déficit na Seguridade Social.
“O relatório sobre os trabalhos da CPI aponta, com muita certeza, que a Previdência brasileira não é deficitária, mas sim superavitária. Ela demonstra, por exemplo, que setores do patronato arrecadam por ano cerca de R$ 25 bi em torno do trabalhador e não repassam à Previdência, o que é apropriação indébita. Isso é crime”, afirmou Paim.
Além disso, o presidente voltou a cobrar de grandes bancos e empresas as dívidas em relação à Previdência. “O relatório também mostra que há uma dívida acumulada de grandes bancos e empresas, como Itaú, Bradesco, Caixa Econômica, Banco do Brasil, montadoras de automóveis, e a JBS, que ultrapassa mais de R$ 500 bilhões”, afirmou Paim.
Desde a instalação da CPI da Previdência no Senado, diversas entidades tem acompanhado e dialogado com o presidente e o relator da Comissão, Senador Paulo Paim e Hélio José, respectivamente, de maneira a buscar estratégias que visem o sepultamento da reforma no Congresso. Um dos objetivos das entidades é que a mídia divulgue os dados apresentados pela Comissão e que a sociedade cobre de seus parlamentares propostas que busquem um país mais justo e democrático.
O relator da CPI, Senador Hélio José (PMDB-DF), afirma que pedirá a prorrogação dos trabalhos da Comissão devido ao extenso volume de dados a analisar. A CPI foi instalada no final de abril e tem prazo de funcionamento previsto até 9 de setembro.

Segundo Hélio, o resultado esperado dessa CPI é propor medidas para mudar a Previdência Social, como uma forma de combate mais efetivo à inadimplência. "Não é possível convivermos com os grandes devedores que não estão pagando a Previdência", pontuou o senador. (Com Sindilegis)
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Conferência de Vigilância em Saúde é nesta quinta-feira (10/8), em Belford Roxo


A 1ª Conferência Regional de Vigilância em Saúde da Região Metropolitana I será realizada nesta quinta-feira (10/8), das 8h às 17h, na Casa de Cultura de Belford Roxo (Av. Bob Kennedy, s/nº - Nova Paim – Belford Roxo).

Um dos objetivos da conferência é estender as discussões em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e desenvolver ações para a construção de uma Política de Vigilância em Saúde. O evento é aberto para a participação de usuários, trabalhadores, gestores, representantes de movimentos sociais, ONGs, entidades e instituições com atuação em defesa da saúde pública.
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segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Servidores de todo o país traçam estratégia de atuação contra o governo golpista no 2º semestre

Em reunião ampliada do Fórum Nacional dos Servidores Federais (Fonasafe), realizada de 4 a 6 de agosto, em Brasília, os servidores federais de todo o país traçaram a estratégia de lutas do segundo semestre contra os ataques do governo golpista de Michel Temer. Confira abaixo:  

1) Criar calendário de mobilização e luta a partir das datas de luta das entidades:
11 de agosto – Dia nacional em defesa da educação pública;
16 de agosto – Dia nacional de luta contra a terceirização e a extinção das zonas eleitorais. Dia nacional de luta em defesa da saúde, da previdência e contra o desmonte do serviço público.

2) Construir mobilizações a partir dos estados com convocação de assembleias por categoria e reuniões ampliadas entre os funcionários públicos das três esferas. Em agosto e setembro.

3) Construir dias de luta nos estados para ir ampliando a mobilização com a seguinte pauta:
- Revogação da Emenda Constitucional 95 (limite a gastos públicos por 20 anos);
- Revogação da Reforma Trabalhista;
- Revogação da Lei de Terceirização;
- Barrar a contrarreforma da Previdência;
- Barrar o Plano de Demissão Voluntária;
- Pelo Arquivamento do PL 248/2008 e do PL 116/2017 (ambos tratam da perda de cargo público por insuficiência de desempenho do servidor).

4) Organizar fóruns dos servidores nos estados:
- Convocar reuniões estaduais ampliadas entre funcionalismo público das três esferas, movimentos sociais, centrais sindicais, movimento estudantil, categorias em luta e em campanhas salariais para construir atividades, debates e ações nas ruas.

5) Indicativo de greve ou paralisação do funcionalismo público junto com a greve dos metalúrgicos em meados de setembro.

6) Construir os seguintes materiais:
- Panfleto contra o PDV, as mudanças na licença não remunerada e na avaliação de desempenho para ser panfletado em agosto.              
- Jornal nacional para a defesa dos serviços públicos e dos direitos sociais demonstrando os ataques do governo para ser panfletado nas categorias e junto à população em setembro.

7) Construir dia nacional de luta em Brasília quando houver votação da Reforma da Previdência.

8) Elaborar nova carta para as centrais reafirmando a necessidade de construção de uma nova greve geral no segundo semestre de 2017.

9) Luta pela auditoria da dívida pública com a participação popular:
- Auditoria nos estados e municípios;
-Apoio das entidades para divulgar folheto que aponta esquema financeiro fraudulento (disponível em https://goo.gl/9wbDov);
- Participar do trabalho parlamentar que está sendo organizado pela auditoria cidadã da dívida para alertar deputados e senadores sobre o que está por trás dos projetos que visam aprovar esse esquema fraudulento;
- Apoio das assessorias de comunicação das entidades para elaboração de matérias que ajudem a divulgar esse esquema financeiro e seus riscos para os servidores públicos;
- Apoio para a realização de vídeo explicativo semelhante ao da Anfip (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil) sobre a reforma da previdência.

Outras medidas:
- Lutar contra as privatizações ;
- Mobilizar para a audiência pública sobre o PL de insuficiência de desempenho;
- Lutar pela revogação da reforma do ensino médio;
- Não ao fechamento das unidades do Ministério do Trabalho;
- Campanha nacional unificada contra o assédio moral e sexual no serviço público;
- Que as entidades acompanhem os PLs que tramitam no Congresso sobre a retirada do direito de greve dos servidores públicos;
- Levantamento e divulgação das perdas salariais;
- Propor Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) e revogação da Emenda Constitucional 29 (sobre a definição de gastos em Saúde)
- Lutar por concurso público em todas as áreas e níveis;

- Mobilizar contra a reformulação da política nacional de atenção básica.
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sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Manifesto de trabalhadoras e trabalhadores, usuárias e usuários do SUS do Rio de Janeiro

Rio de Janeiro, 3 de agosto de 2017

Há tempos temos observado um desmonte do SUS no Rio de Janeiro. Nos últimos anos, esse processo se acentuou, com fechamento de serviços, demissões de profissionais de saúde, corte de verbas e falta de materiais e medicamentos. Junto a isso, assédio moral a trabalhadores e precarização do trabalho, com desrespeito a direitos trabalhistas e contratos temporários.
Esse quadro se acentuou em 2017, com o congelamento das verbas para aplicação em programas sociais, como a saúde, educação e assistência, além da Reforma Trabalhista e a nova Lei das Terceirizações, que expõem, na prática, o trabalhador ao iminente risco de desligamento do trabalho e à incerteza do funcionamento dos serviços.
A população, num quadro de perda de direitos, recessão econômica, desemprego e desorganização social, cada vez mais necessita, para sobreviver, dos serviços de saúde, justo quando eles se desorganizam e são desestruturados pelos gestores.
No Rio de Janeiro, isso se acentua. A rede estadual, em especial na UERJ, está falida, com servidores sem pagamento e com serviços fechados. Os hospitais federais, com o falso discurso da reorganização, estão com leitos fechados e serviços sem funcionar porque os contratos temporários dos trabalhadores não foram renovados.
E, agora, na rede municipal, convivemos com a incerteza. De um lado, na Prefeitura, temos servidores municipais atuando em hospitais e serviços com graves problemas de manutenção e reposição de insumos, além de uma política salarial inteiramente defasada. E, de outro, na atenção primária e na saúde mental, uma política de terceirização para Organizações Sociais (OSs), iniciada nos governos Paes, que, se de um lado, possibilitou uma ampliação da oferta de serviços, com a abertura das clínicas da família e de serviços de saúde mental, o fez numa lógica de terceirização da gestão, com contratações de profissionais por OSs, sem estabilidade e submetidos a forte assédio moral e exploração no processo de trabalho.
Outro ataque ao SUS está configurado com a proposta de mudança da Política Nacional de Atenção Básica, que muda para pior, tornando opcional a existência dos Agentes Comunitários de Saúde e desvirtuando os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASFs), tornando insegura a existência de equipes multidisciplinares para dar integralidade ao cuidado. 
Em resumo: As gestões TEMER/BARROS, PEZÃO/DORNELLES e CRIVELLA se articulam para um ataque ao SUS. Retiram recursos, direitos e assediam os trabalhadores. Há alguns anos, a rotina dos trabalhadores das OSs é conviver com atrasos de salários e rumores de cortes de pessoal e de direitos. O quadro se agravou no início de agosto, quando houve a sinalização de cortes de mais de 60% em contratos, fazendo com que, na prática, o caminho fosse a demissão de trabalhadores e o fechamento de serviços e equipes de saúde da família.
Inclusive, na região da Barra da Tijuca e Jacarepaguá, os trabalhadores foram informados verbalmente que deveriam assinar aviso prévio. Em paralelo, trabalhadores da UPA Manguinhos foram postos em aviso prévio, com perspectiva do fechamento do serviço.
Na rede onde os servidores atuam, tivemos o fechamento da emergência psiquiátrica do Instituto Municipal Philippe Pinel, por falta de médicos, com a gestão informando que não poderia contratar ninguém por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal, além de diversas notícias de precariedade dos hospitais municipais, como o Salgado Filho e o Hospital da Piedade. Por isso tudo, os trabalhadores e trabalhadoras da saúde conclamam a sociedade carioca para se mobilizar em defesa do Sistema Único de Saúde da cidade do Rio de Janeiro.
Nenhum serviço de saúde a menos!
• Exigimos que a prefeitura da gestão Crivella se comprometa com a manutenção dos serviços já existentes e prossiga com a ampliação da Atenção Básica, que é coordenadora do cuidado em saúde e reduz os custos de atendimento e sobrecarga nas emergências e hospitais.
• Exigimos que a rede de saúde mental seja mantida e ampliada, seguindo a política nacional de saúde mental.
• Exigimos pleno acesso à assistência farmacêutica, com o funcionamento das farmácias nas unidades de saúde.
• Exigimos a reabertura dos serviços estaduais e federais, integrados em rede com os serviços da Prefeitura, com ampla transparência sobre seu funcionamento.
• Exigimos que os trabalhadores da saúde e usuários tenham ampla participação nos processos de gestão na saúde.
• Em defesa de um SUS público, gratuito e de qualidade
• Por fim, nos cabe afirmar que nossa luta é para termos, na cidade onde vivemos, um sistema de saúde que seja público, gratuito, organizado, universalizado, integral e adequado à necessidade do conjunto da população, em suas especificidades.

NENHUM DIREITO A MENOS
SAÚDE NÃO É MERCADORIA
O SUS RESISTE
LUTA UNIFICADA PELA SAÚDE PÚBLICA
#nenhumserviçodesaúdeamenos
#mexeucomummexeucomtodos
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quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Arraial em solidariedade a Cuba é sábado (5/8), a partir das 14h, no Sintell

A Associação Cultural José Martí convida todos para o Arraiá Contra o Bloqueio, que se realizará neste sábado (5/8), a partir das 14h, no Sinttel-Rio (Rua Morais e Silva, 94 - Maracanã). A José Martí é uma entidade de solidariedade a Cuba que existe há 30 anos no Rio. Além da festa junina deste sábado, a entidade também está promovendo a II Brigada Internacional de Solidariedade a Cuba, que será uma viagem à ilha, entre 1º e 15 de outubro. Mais informações pelos telefones 2532-1335 / 2673-5355 / 99908-2707.   
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Deputados rejeitam denúncia contra Temer após liberação de R$ 4 bi em emendas

Em sessão tumultuada na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (2/8), os parlamentares decidiram, por 263 votos contra a denúncia e 227 votos favoráveis, rejeitar a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente golpista, Michel Temer (PMDB), acusado de corrupção passiva. O plenário analisou o relatório da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que indicava o arquivamento da denúncia contra Temer. (Veja na foto os deputados do RJ que votaram a favor de Temer)
A sessão foi marcada por empurrões, discussões e acusações de deputados da oposição de que houve compra de votos por parte do governo para que parlamentares se alinhassem à base governista. Há denúncias de que durante a sessão, representantes do Planalto negociavam a liberação de emendas parlamentares para garantir a votação favorável ao arquivamento da denúncia.
Também nesta quarta, Temer exonerou dez ministros de seu governo, para que eles retornassem à Câmara. Na sessão, eles votaram pelo arquivamento da denúncia de corrupção passiva. 
Entre o início de junho e o final de julho, foram liberados mais de R$ 4,2 bilhões para os deputados. Para se ter uma ideia, no período de janeiro até maio, antes de o caso da JBS vir à tona atingindo o chefe do Executivo, o governo havia liberado um montante de R$ 102,5 milhões. Os números partem de um levantamento feito pela Organização Não Governamental (ONG) Contas Abertas.
O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) usou a tribuna para criticar a fala de deputados da oposição que fizeram firme defesa de Temer. “Isso demonstra a desqualificação total do Parlamento”, disse. Ele lembrou que 85% da população brasileira quer a saída de Temer da Presidência da República. “Como o Congresso Nacional faz ouvidos moucos e finge que não ouve a sociedade?”, questionou. 
Voto contra a população
A votação do parlamento brasileiro permanece, de fato, dissociada dos anseios populares. Segundo pesquisa da CUT/Vox Populi, publicada nesta quarta-feira, 93% dos brasileiros acham que os parlamentares deveriam acatar o prosseguimento da investigação contra Michel Temer.
O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) apontou, também durante a sessão, que a “única solução possível é a democracia”. Zarattini também afirmou que Rodrigo Rocha Loures, assessor de Michel Temer, flagrado ao carregar uma mala com R$ 500 mil para negociar, em nome do presidente golpista, propinas para atender interesses da empresa de proteína animal JBS, “tem muito o que dizer, mas até agora não foi ouvido”.
Segundo o deputado Alessandro Molon (REDE-RJ), “esse é um momento que nós não esperávamos que o país passasse”. “Os brasileiros estão cansados de ver o parlamento passar a mão na cabeça de quem comete crimes”, completou.
O que acontece agora? 
Com a rejeição à denúncia na Câmara dos Deputados, o processo penal contra Temer ficará paralisado até que o presidente golpista deixe o governo. No entanto, o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, deverá apresentar outras duas denúncias contra o peemedebista.

As novas denúncias teriam que percorrer o mesmo caminho da primeira, ou seja, ser analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e depois voltar ao plenário da Câmara. (Com agências)
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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Saúde: “SUS fica, Barros sai” nesta quinta-feira (3/8), a partir das 10h, na Cinelândia

Servidores realizarão nesta quinta-feira (3/8) manifestações em todo o País em repúdio às ações do atual ministro da Saúde, Ricardo Barros.
As atitudes de desrespeito aos profissionais de saúde e os cortes de recursos  para o SUS estão precarizando a assistência à população e colocando em risco a continuidade de muitos serviços.
No Rio, às 10h, na Cinelândia, ocorrerá  o evento "SUS fica, Barros sai", da "Frente em defesa dos Institutos e Hospitais Federais", formada por dezenas de entidades de classe (conselhos, sindicatos, associações profissionais, etc), movimentos sociais, partidos políticos e parlamentares do Estado. Às 16h, também na Cinelândia, será realizada a marcha "Fora Barros".

É fundamental que servidores e todos os profissionais de Saúde se mobilizem e participem! Somente com a nossa participação conseguiremos deter esses ataques sistemáticos, que inviabilizam a assistência à população. Todos lá!
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Cine Sintrasef exibe “Impeachment Brasil: do Apogeu à Queda” dia 10, às 15h

O Cine Sintrasef exibe no dia 10/8, às 15h, o filme “Impeachment Brasil: do Apogeu à Queda”. O filme é produzido pelo Brasil Paralelo, um coletivo liberal, de direita, que defende as ideias daqueles que deram o golpe na presidenta democraticamente eleita pela maioria da população em 2014. Segundo Antonio Sena, diretor do Sintrasef, o filme é importante “para conhecermos as estratégias do inimigo”.

O Cine Sintrasef é uma atividade que acontece toda a segunda quinta-feira do mês. O objetivo é reunir servidores, trabalhadores de outros setores e qualquer interessado em debater o Brasil e o mundo atuais. O cinema é uma das expressões artísticas que maior tem a capacidade de fazer ligações entre problemas e esperanças, passado e presente dos diferentes grupos sociais, em especial dos trabalhadores.
Servidor, se você tem alguma produção ou sugestão de filmes para o Cine Sintrasef, entre em contato com os diretores Antonio Sena, Carlinhos TVE e Cezar Camelo na secretaria de Formação Política (Tel: 2272-4200).
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terça-feira, 1 de agosto de 2017

“Cuidado!”, é o recado de ex-servidor que aderiu a PDV em 1999

Na entrevista abaixo Rubem da Silva, 54 anos, ex-servidor da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), conta sua história de como foi viver o “canto da sereia” da adesão ao Plano de Demissão Voluntária (PDV). Eram os anos 90 e o governo neoliberal de FHC anunciava que “o bom era ser seu próprio patrão, demitir seu chefe!”. Rubem e um outro colega tentaram. Receberam uma indenização e promessas de acompanhamento no novo negócio, só promessas. Depois de cinco anos o restaurante não deu certo e ele se viu na busca de uma nova oportunidade em um mercado preconceituoso, com filhos para criar e a incerteza da aposentadoria. Tempos difíceis!
Se pudesse, voltaria ao serviço público. Perguntado sobre essa nova rodada de PDVs anunciada pelo governo golpista Temer e qual sugestão daria aos servidores públicos, não tem dúvida: “Eu recomendo que pensem e se informem bem, porque nem tudo que está ali foi cumprido com a gente. É séria a coisa, tem muita armadilha. Cuidado, cuidado mesmo!”.
  
SINTRASEF – Em que ano o senhor ingressou no seu órgão?
RUBEM DA SILVA -  Entrei em maio de 1987, na área administrativa, na função de combate a incêndio da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen).

O senhor se lembra quando ouviu falar pela primeira vez em Plano de Demissão Voluntária (PDV)?
Foi no nosso setor, em 1999. Havia um comentário sobre um plano de demissão voluntária. Aí eu fui me informar e me explicaram um pouco. Eu não entendi muito bem, mas estava com intenção de ir para Rio Bonito (RJ) e montar um negócio lá. Aí recebi uma cartilha que nos dava certa segurança. Dizia que quem quisesse montar um negócio teria ajuda do Sebrae e do Banco do Brasil. Aquilo me animou e eu e um amigo do meu próprio setor fizemos.

O senhor lembra o que a cartilha dizia, o que o senhor assinou, qual foram as condições da sua saída e o que o senhor levou?   
Não lembro, faz muito tempo. O que ficou enfatizado foi que se montássemos um negócio teríamos esse acompanhamento com cursos e um banco do Sebrae até caminharmos com nossas próprias pernas no novo negócio, e que teríamos uma linha de crédito no Banco do Brasil. Aí animamos e fomos.

E como aconteceu, vocês receberam uma quantia e o crédito?
Recebemos o combinado, uma quantia como indenização, acho que uns R$ 25 mil, e fomos abrir o negócio. Quando montamos o restaurante e depois de uns três anos tivemos uma queda porque não tínhamos capital de giro e venderam o pátio ao lado que servia como estacionamento, fomos procurar o Sebrae, e aí não tinha nada de banco Sebrae nem curso para aperfeiçoamento. Era só aquela indenização que tínhamos recebido e acabou.

O senhor sentia falta do seu trabalho na Cnen? Além da mudança financeira, como foi a mudança de hábitos como trabalho, dia a dia, outras responsabilidades e tarefas que você não estava acostumado?
É uma mudança grande. Principalmente depois da queda do negócio. O restaurante durou uns cinco anos e tive que fechar. É um baque na família. Meus filhos acostumados com um padrão de colégio, médicos... e aí eu tive reacostumar e sobreviver em outra realidade.
Tem o preconceito no mercado também. Eu já estava com 35 anos e ninguém te dá uma oportunidade. Colocava currículo no mercado e nada. Um ano, dois anos tentando algo e não conseguia nada. Cuidado, o preconceito é muito grande!

O senhor procurou o seu órgão de volta? Quando o senhor fez o PDV tinha alguma cláusula que permitia voltar ao serviço público?
Não tinha. Se saísse não podia mais voltar. Tenho muitos amigos que saíram de outros órgãos, não deram certo e acabaram embaixo da ponte, viciados, sem famílias. Outros se mataram. Conheço uns dois que se jogaram da ponte.
Tem que estar com a cabeça firme para aguentar essa barra. A indenização que você recebe em um PDV acaba. Tem que lidar com uma nova realidade e muitos não sabem viver fora do órgão público, se adaptar a outro trabalho, abrir um negócio. Quando a ficha cai a pessoa endoida.
Tem muita gente que não consegue voltar aos seus órgãos nem para visitar, rever os colegas. Porque tem muita crítica, pessoal fala, tipo, ‘você é maluco. Olha o que você fez ao largar esse emprego’. E isso abate as pessoas, aí elas nunca mais voltam ao órgão.    

O quê o senhor faz hoje?
Desde 2005 eu trabalho com empréstimo consignado. E faço muitos empréstimos para pedevistas. Eu conheço a situação deles, não é mole não. A maioria não gostou do PDV.

Se pudesse, o senhor voltaria ao serviço público?
Voltaria. Até para se aposentar com um salário melhor. Vejo muitos amigos da minha idade já quase aposentados hoje e eu ainda estou por aí. Eu sei que existem tentativas, projetos lá em Brasília pela volta dos pedevistas. Só que agora com essa bagunça deste governo soube que parece que está tudo parado sobre isso. 

Como o senhor vê essa proposta do governo de um novo PDV?
Olha, eu acho que a pessoa tem que pensar muito, porque é difícil. Quando cai a ficha da nova realidade após o serviço público a pessoa se prejudica muito. Os obstáculos aqui fora são muito grandes, sem garantias tipo plano de saúde, férias e aposentadoria. O que passei, inclusive com filhos pequenos, foi muito difícil.

Eu recomendo que pensem e se informem bem, porque nem tudo que está ali foi cumprido com a gente. É séria a coisa, tem muita armadilha. Cuidado, cuidado mesmo! 
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Afastamento de Temer: servidores e movimentos sociais se preparam para ocupar Brasília nesta quarta-feira (2/8)

Servidores, profissionais de diversas áreas, militantes de movimentos sociais, entre eles a Frente Brasil Popular e o Povo Sem Medo, estão preparando manifestações em Brasília nesta quarta-feira (2/8), quando deve ser votada no plenário da Câmara dos Deputados a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva. A votação deverá ser aberta, nominal e transmitida ao vivo pela TV. Nos atos contra Temer haverá também protestos contra as reformas da Previdência e trabalhista e pedidos como “Fora, Temer” e “Diretas Já”.
Além de Brasília ocorrerão manifestações em várias  cidades do Brasil para que a denúncia de corrupção passiva seja aprovada na Câmara e encaminhada aos ministros do STF. Caso seja aceita no Supremo, Temer é afastado preventivamente. Para barrar o processo,o presidente aposta tudo em sua base no Congresso Nacional. Liberou bilhões em emendas a parlamentares e vem ligando para as principais lideranças das bancadas ruralista, das igrejas evangélicas e empresariais para conseguir maioria dos votos e encerrar esta primeira denúncia.
Durante o segundo semestre servidores e profissionais de diversos setores protestarão contra o governo golpista de Michel Temer. Confira o calendário abaixo, organize-se e participe!

Manifestações programadas:

2 de agosto – Dia da votação no Congresso Nacional do afastamento de Temer. Grande Ato político pelo Fora Temer em Brasília. Atos públicos nas capitais e em diversas cidades para exigir dos deputados o voto contra Temer na denúncia da PGR.

11 de agosto – Tribunal popular que julgará a Lava Jato, em Curitiba.

14 a 18 de agosto – Jornada de lutas da Juventude Brasileira e Ocupa Brasil. Protestos em diversos municípios contra a proposta de reforma da Previdência. O dia 17 de agosto será o dia central de mobilizações, que se chamará Ocupa Brasil.

4 a 7 de setembro - Jornada Nacional em Defesa da Soberania: atividades em defesa da Petrobras, das estatais, e denúncia da ação do capital estrangeiro nas terras brasileiras, recursos naturais, transnacionais, etc.

3 de outubro – Aniversário da Petrobras. Grande ato em defesa da estatal no Rio de Janeiro.
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