O bloco Boca
que Fala realizou seu carnaval nesta sexta-feira (24/2), no Campo do Marcelino,
em Padre Miguel. “Fizemos de tudo para conseguir colocar o bloco na rua e sair
no Centro da cidade, como fazemos há mais de 20 anos. Só que a prefeitura está
querendo diminuir o carnaval de rua. Então pedimos junto a Riotur que se não
pudéssemos desfilar, que pelo menos tivéssemos um local para ficarmos parado,
como uma concentração. A prefeitura não cedeu, aí para que os servidores não
ficassem sem o bloco encontramos a alternativa deste grito de carnaval aqui no
Campo do Marcelino, em Padre Miguel”, explicou Lili Bonifácio, servidora do
Dnit e diretora do Sintrasef.
Com muito samba os servidores deram uma resposta à prefeitura e ao governo golpista, que
tenta de todas as maneiras desmobilizar as festas populares, a troca de
experiências que constrói um país rico e plural, com respeito aos direitos
culturais, sociais e econômicos dos trabalhadores.
Para o
servidor da Polícia Rodoviária Federal e diretor do Sintrasef Ubirajara Ribeiro
a festa do Boca que Fala é a prova que os trabalhadores se fortalecem ao se
reconhecerem uns nos outros. “A importância de blocos de colegas de trabalho é
fundamental, e o Sintrasef é fora de série nessa parte. Foca a política, foca a
alegria cidadã e as necessidades dos funcionários públicos. Nos sindicalistas
sabemos que grande força tem esse elo carnaval e as realidades do dia a dia,
fazendo todos sentirem como está a política em Brasília e o interesse
nacional”, disse ele.
A união para
o Boca que Fala realizar seu carnaval em 2017 serviu como incentivo para as
inúmeras batalhas que os servidores travarão este ano contra um governo que
tenta empurrar goela abaixo planos de demissão voluntária, privatizações,
reformas da Previdência e trabalhistas, entre outras medidas neoliberais que
não receberam a aprovação da maioria da população nas urnas.