O plenário da Câmara dos Deputados
reprovou a manobra do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de colocar
urgência para a votação do substitutivo ao Projeto de Lei 6.787, de reforma da
legislação trabalhista, nesta segunda-feira (17/4). Foram 230 votos a favor e
163 contrários, eram necessários 257 votos para
aprovar a urgência. Na mesa e no plenário, deputados da oposição portavam
cartazes com dizeres como "Urgência é golpe".
Para o deputado
Wadih Damous (PT-RJ) o substitutivo é "20 vezes pior" que o original.
O parlamentar ainda lembrou que o Congresso não tem "legitimidade"
para votar a matéria. "O presidente Temer tenta desviar o foco do
escândalo da Odebrecht para uma pauta supostamente positiva", reagiu
Alessandro Molon (Rede-RJ). "Quer fingir que está tudo bem. E os
trabalhadores vão perder direitos”, disse.
Caso a urgência fosse aprovada, o
PL poderia ser colocado na ordem do dia da sessão deliberativa seguinte. E o
presidente da Câmara poderia convocar uma nova ordem do dia ainda na terça-feira
(18/4) para acelerar a votação, embora tivesse acordado estender até a
quarta-feira (19/4) o prazo para o recebimento de emendas dentro da comissão.