segunda-feira, 19 de junho de 2017

Parada LGBT de SP pede fim da intolerância religiosa, Fora Temer e Diretas Já!

A 21º edição da Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) aconteceu neste domingo (18/6), em São Paulo, onde milhares de pessoas ocuparam a Avenida Paulista com irreverência e alegria. Desta vez a mobilização ganhou um caráter político mais profundo em um país onde o futuro de milhares de cidadãos é decido através de um Congresso Nacional com forte influência da bancada evangélica. O tema de uma das maiores paradas do mundo foi “Independente de nossas crenças, nenhuma religião é lei. Todos e todas por um Estado laico”. O Rio de Janeiro é um exemplo dessa ameaça religiosa. A segunda maior cidade do país corre o risco de não ter parada LGBT este ano por ter como prefeito o evangélico Marcelo Crivella (PRB).
A Parada apontou a necessidade de resistir e lutar por políticas públicas em defesa dos direitos humanos. Principalmente em um país marcado pela discriminação à orientação sexual, onde nos quatro primeiros meses deste ano ocorreram 117 assassinatos de pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transexuais, segundo dados do Grupo Gay da Bahia (GGB).
Para o coordenador do Coletivo LGBT da CUT de São Paulo, o metroviário Marcos Freire, a Parada ajuda a colocar em debate o modelo de sociedade que desejamos e estamos construindo. “Ela dá visibilidade aos avanços que tivemos para a população LGBT, mas mostra também os nossos desafios, já que temos um Congresso conservador num momento de golpe que tem como objetivo a retirada de direitos”, afirmou.
Walmir Siqueira, do Coletivo LGBT do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), acredita que a bancada religiosa se fortaleceu no poder desde que foi dado o golpe contra a presidenta eleita Dilma Rousseff. “Sabemos que o golpe acentua o fascismo e a discriminação. Aí cresce o machismo, a LGBTfobia, o xenobofismo e outros ódios. E não é segredo que o estado de São Paulo é o que mais mata a comunidade LGBT”, disse.   

Para a baiana Thaís Lima da Silva, o tema sobre a laicidade do Estado deste ano é importante. "Eu sou católica e acredito muito em Deus. Deus é maravilhoso com todos nós. O estado laico é a religião para todos", disse.
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