sexta-feira, 2 de junho de 2017

No Dia Mundial sem Tabaco, INCA e Ministério da Saúde lançam estudo sobre o tabagismo no Brasil

Nesta quarta-feira (31/5), Dia Mundial sem Tabaco, o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) lançaram o estudo “O Tabagismo no Brasil: morte, doença e política de preços impostos”. Em 10 anos, o número de adultos que fumam diminuiu 35% no país, segundo a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2016.
De acordo com a consultora médica do Ministério da Saúde, Fátima Marinho, em 2011 o Brasil era o país com menores preços de cigarro no mundo, e com o aumento do preço o consumo reduziu, uma vez que a população que mais fuma é a população de classe econômica baixa. “Nós estabelecemos uma política de preço que veio até 2016. A partir de agora o ministro anunciou modificar o sabor do cigarro, quer dizer, tentar tirar o que atrai, que é a coisa dele ser saboroso, e estabelecer novas medidas de controle também do contrabando”, disse.
O ministro da Saúde Ricardo Barros anunciou que há uma proposta de aumento de 50% dos preços dos cigarros e que o Ministério da Saúde também estuda aplicar medidas para o álcool. O médico da Fundação do Câncer, Alfredo Scaff, alerta que o recurso dessa taxação precisa vir para a Saúde e para as áreas que estão na linha de frente. “O que fazer com essa taxação? Cuidar não é só assistência, é ter recurso também para prevenção e para o controle do hábito de fumar”, afirmou.
Scaff também disse que a Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) feita pela indústria do tabaco junto ao STF (Supremo Tribunal Federal) questiona se pode ou não ter aditivos químicos no cigarro, que são o que fazem crianças e adolescentes iniciarem o hábito de fumar. Ele diz que a Fundação do Câncer defende que não pode conter nenhum tipo de aditivo químico no cigarro. Ele informou que “essa Adin será julgada agora, se não me engano no dia 21 de junho. Se o STF permitir que a indústria continue colocando aditivos químicos no cigarro, continuará estimulando os jovens, então a gente defende que tenham bom senso e capacidade de proibirmos o uso dos aditivos definitivamente no cigarro”.

Presente a palestra, o diretor do Sintrasef e servidor do INCA Antonio Sena afirmou que o sindicato brevemente receberá a visita dos responsáveis pela campanha no instituto. “Vamos levar eles lá no Sintrasef para falar sobre a campanha e possivelmente levaremos também o Conselho Estadual do Idoso, pois pela média de idade, a categoria dos funcionários públicos federais é atingida pela questão do tabaco. É uma geração que consumiu cigarro demais e o câncer pode aparecer”, disse ele. 
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