Dia 20 de junho será a próxima
grande mobilização organizada pelos sindicatos e centrais sindicais, o “Dia
Nacional de Mobilização contra as reformas da Previdência e Trabalhista”. A
data será um esquenta rumo à greve geral do dia 30 contra os projetos de
reforma que atacam os direitos da classe trabalhadora. Estão previstas
panfletagens e atos públicos em todo o país para divulgar a greve geral. A
ideia é dialogar com a população e denunciar o governo ilegítimo (veja
calendário no Rio no final da matéria).
De acordo com o secretário-geral
nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre, o clima nas
bases é de transformar junho em um mês de resistência. “Faremos assembleias nas
portas de fábrica e participaremos do ato unificado no dia 20, o nosso ‘esquenta’,
porque percebemos que o sistema político está tentando operar com ou sem Temer
e, por isso, temos de fazer luta pelo Fora Temer, contra as reformas e por
Diretas Já que nos permitirão não só resistirmos às reformas, mas também
colocarmos o Brasil nos trilhos", disse.
Reforma Trabalhista no Senado
Em nova etapa do golpe, a proposta
de reforma trabalhista já foi aprovada na Câmara dos Deputados e na Comissão de
Assuntos Econômicos. Agora o projeto que altera a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) está em trâmite no Senado e no dia 21 será lido o parecer sobre
a constitucionalidade da matéria na Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ), última etapa antes de ir ao plenário.
De acordo com o líder do governo,
Romero Jucá (PMDB-RR), a matéria ficará pronta para ser votada no plenário no
dia 28 de junho. “A reforma trabalhista então ficará pronta para ser votada no
plenário no dia 28/6, portanto, com previsão de aprovação até o final do mês”,
afirmou Jucá em mensagem publicada em sua conta no Twitter.
A oposição acredita que a cada
semana mais que o projeto fica em debate significa mais tempo para que o
assunto seja discutido, o que permitirá que a população faça mais pressão no
sentido contrário à reforma. “Esse período que teremos de, no mínimo, mais uma
semana para ler e mais uma semana para votar, vai permitir que nós façamos mais
audiências públicas. Não apenas aqui na Comissão de Assuntos Sociais, mas em
outras como a de Direitos Humanos”, afirmou o senador Paulo Paim (PT-RS).
Plano Popular de Emergência
Foi lançado na segunda-feira
(12/6), no Rio, o Plano Popular de Emergência. O objetivo
é apresentar propostas para tirar o Brasil da crise e construir uma alternativa
programática. O ponto de partida do plano é a saída de Michel Temer da
presidência da república e a realização de eleições diretas para derrotar as
forças golpistas.
Veja abaixo os dez
eixos do Plano Popular de Emergência:
(I)
- Democratização do Estado;
(II)
– Política de desenvolvimento, emprego e renda;
(III)
- Reforma Agrária e agricultura familiar;
(IV)
– Reforma tributária;
(V)
– Direitos sociais e trabalhistas;
(VI)
– Direito à saúde, educação, cultura e moradia;
(VII)
– Segurança pública;
(VIII)
– Direitos Humanos e cidadania;
(IX)
– Defesa do meio ambiente;
(X)
– Política Externa Soberana
Calendário de
mobilização rumo à greve geral do dia 30
19/06 - Lançamento da Frente Ampla pelas
Diretas e Direitos.
Na Sede da OAB-RJ (Rua Marechal Câmara, 150 – Centro), às 18h30.
Na Sede da OAB-RJ (Rua Marechal Câmara, 150 – Centro), às 18h30.
20/06 - Dia Nacional de Mobilização pela Greve
Geral.
22/06 - Ato pelas Diretas e Direitos em Niterói.
25/06 - Ato pelas Diretas e Direitos na Zona Oeste.
30/06 - GREVE GERAL