Servidores, profissionais de diversas categorias,
sindicatos, centrais sindicais, estudantes, movimentos sociais e a população em
geral participam nesta sexta-feira (10/11) em todo o país do “Dia Nacional de
Lutas” contra a reforma trabalhista, que entra em vigor no sábado (11/11) e
representa um dos maiores ataques aos direitos da classe trabalhadora na
história do Brasil, e contra a tentativa de reforma da Previdência proposta
pelo governo golpista. No Rio de Janeiro o dia será de mobilizações e paralisações,
com uma grande passeata da Candelária à Cinelândia, no Centro, a partir das
16h. (Veja na foto/calendário os protestos em todo o Estado do Rio)
Vagner Freitas, presidente nacional da Central Única dos
Trabalhadores (CUT), lembra que além da grande manifestação desta sexta-feira a
colheta de assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular (Plip) que
anula a reforma trabalhista segue forte nas ruas e pelo site
anulareforma.cut.org.br
81% rejeitam a reforma
Pesquisa CUT/Vox Populi divulgada esta semana mostra que
81% dos brasileiros desaprovam a lei trabalhista que entra em vigor neste
sábado (11/11). Apenas 6% da população aprovam a mudança, 5% não aprovam nem
desaprovam e 8% não sabem ou não responderam.
A reforma trabalhista, encaminhada pelo governo golpista
de Temer e aprovada pelo Congresso Nacional à base do “toma lá, dá cá” de
verbas e cargos, altera 100 itens da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Entre as mudanças estão negociações individuais entre patrões e empregados, sem
a presença do sindicato, para assinar acordos de demissão, jornada de trabalho,
banco de horas, parcelamento de férias e intervalos para a amamentação.
Outra novidade é a legalização do contrato de trabalho
sem vínculo, sem direitos e garantias, chamado de trabalho intermitente. O
trabalhador só trabalha quando for chamado pelo patrão, e recebe de acordo com
as horas de serviço prestadas. Não há garantia nenhuma que será chamado a
trabalhar.
O maior índice de rejeição às novas regras trabalhistas
foi registrado no Sudeste, com 89%. No Nordeste a rejeição foi de 81%, No
Norte/Centro-Oeste 78% e no Sul 60%. Os altos percentuais de desaprovação à
“nova CLT”, assim chamada por parte da mídia conservadora, foram registrados em
todos os gêneros, idades e classes sociais.
Para Vagner Freitas, “Quanto mais se informam sobre a
reforma, mais os trabalhadores rejeitam as mudanças na CLT que o empresário
mais conservador e ganancioso mandou Temer encaminhar para aprovação no
Congresso”. Ele vê na nova legislação um sinal verde para maus empresários
explorarem patrões através da legalização do “bico”.
A pesquisa CUT/Vox Populi foi realizada entre 27 e 31 de
outubro em 118 municípios. Foram entrevistados 2 mil brasileiros com mais de 16
anos de idade, em todos os segmentos sociais e econômicos, residentes em áreas
urbanas e rurais de todos os estados e do Distrito Federal. A margem de erro
estimada é de 2,2%, estimada em um intervalo de confiança de 95%.
(9/11/17)
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