quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Todos às ruas nesta sexta-feira (10/11) contra as reformas golpistas

Servidores, profissionais de diversas categorias, sindicatos, centrais sindicais, estudantes, movimentos sociais e a população em geral participam nesta sexta-feira (10/11) em todo o país do “Dia Nacional de Lutas” contra a reforma trabalhista, que entra em vigor no sábado (11/11) e representa um dos maiores ataques aos direitos da classe trabalhadora na história do Brasil, e contra a tentativa de reforma da Previdência proposta pelo governo golpista. No Rio de Janeiro o dia será de mobilizações e paralisações, com uma grande passeata da Candelária à Cinelândia, no Centro, a partir das 16h. (Veja na foto/calendário os protestos em todo o Estado do Rio)
Vagner Freitas, presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que além da grande manifestação desta sexta-feira a colheta de assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular (Plip) que anula a reforma trabalhista segue forte nas ruas e pelo site anulareforma.cut.org.br

81% rejeitam a reforma

Pesquisa CUT/Vox Populi divulgada esta semana mostra que 81% dos brasileiros desaprovam a lei trabalhista que entra em vigor neste sábado (11/11). Apenas 6% da população aprovam a mudança, 5% não aprovam nem desaprovam e 8% não sabem ou não responderam.  
A reforma trabalhista, encaminhada pelo governo golpista de Temer e aprovada pelo Congresso Nacional à base do “toma lá, dá cá” de verbas e cargos, altera 100 itens da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Entre as mudanças estão negociações individuais entre patrões e empregados, sem a presença do sindicato, para assinar acordos de demissão, jornada de trabalho, banco de horas, parcelamento de férias e intervalos para a amamentação.
Outra novidade é a legalização do contrato de trabalho sem vínculo, sem direitos e garantias, chamado de trabalho intermitente. O trabalhador só trabalha quando for chamado pelo patrão, e recebe de acordo com as horas de serviço prestadas. Não há garantia nenhuma que será chamado a trabalhar.
O maior índice de rejeição às novas regras trabalhistas foi registrado no Sudeste, com 89%. No Nordeste a rejeição foi de 81%, No Norte/Centro-Oeste 78% e no Sul 60%. Os altos percentuais de desaprovação à “nova CLT”, assim chamada por parte da mídia conservadora, foram registrados em todos os gêneros, idades e classes sociais.  
Para Vagner Freitas, “Quanto mais se informam sobre a reforma, mais os trabalhadores rejeitam as mudanças na CLT que o empresário mais conservador e ganancioso mandou Temer encaminhar para aprovação no Congresso”. Ele vê na nova legislação um sinal verde para maus empresários explorarem patrões através da legalização do “bico”.

A pesquisa CUT/Vox Populi foi realizada entre 27 e 31 de outubro em 118 municípios. Foram entrevistados 2 mil brasileiros com mais de 16 anos de idade, em todos os segmentos sociais e econômicos, residentes em áreas urbanas e rurais de todos os estados e do Distrito Federal. A margem de erro estimada é de 2,2%, estimada em um intervalo de confiança de 95%. (9/11/17)            
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