Servidores,
profissionais de diversos setores, movimentos sociais, estudantes e a população
em geral participaram nesta terça-feira (3/10) do Dia Nacional em Defesa da
Soberania Nacional, no Centro do Rio. A data foi escolhida em homenagem ao
aniversário de 64 anos da Petrobras, uma das maiores empresas do continente,
motor de um projeto de desenvolvimento igualitário para a população brasileira,
mas constantemente alvo de tentativas de privatização que desviaria os lucros
desse projeto coletivo para o bolso de poucos.
Na batalha
contra as privatizações a população fez uma grande marcha entre as sedes das
empresas ameaçadas, começando pela Eletrobrás, na esquina das avenidas Rio
Branco e Presidente Vargas, passando por bancos públicos e terminando em frente
à Petrobras, na Avenida Chile. Ali, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
fez um discurso apaixonado em defesa dos bens públicos e garantiu que apesar de
todas as ameaças e perseguições que sofre será candidato à Presidência da República
em 2018.
“Defender a
soberania nacional é defender a dignidade e a honra que o povo de uma nação merece.
No Brasil, é transformar toda a imensa riqueza do país em educação, trabalho,
salário, acesso à cultura e ao lazer, condições de todos andarem de cabeça
erguida criando as suas famílias”, disse Lula, citando os diversos feitos de
seu governo que iniciaram esse quadro de igualdade e desenvolvimento
reconhecidos mundo afora em números como as 40 milhões de pessoas que saíram da
miséria e as cerca de duzentas universidades e centros de ensino técnico inauguradas.
A Petrobras possibilita
ao Brasil ter a terceira maior reserva de petróleo do mundo, com quase 200
bilhões de barris, atrás apenas da Arábia Saudita, com 266 bilhões, e da
Venezuela, alvo da cobiça norteamericana, com 300 bilhões. Lula lembrou que seu
governo aprovou a lei que destinava 75% da renda obtida com esses barris para a
educação, além do fortalecimento de empresas ligadas à petrolífera, como a
Eletrobrás, que faziam com que preços como o serviço de luz ficassem mais
baratos. Com o golpe contra a presidenta Dilma, o governo Temer tenta rever a
lei dos royalties de petróleo e já aumentou os preços da luz e do gás para a população.
União contra
ameaças
Além das
privatizações os manifestantes lembraram outros ataques do governo golpista na
tentativa de implantar um neoliberalismo ultrapassado no Brasil, com retiradas
de direitos históricos dos trabalhadores e da população para a retenção de mais
dinheiro por empresas e bancos. Se no primeiro semestre o governo conseguiu
aprovar a reforma trabalhista, nesta segunda metade do ano tentará empurrar
goela abaixo da população a reforma da Previdência.
Presente à
manifestação, o servidor do Ministério da Saúde e diretor do Sintrasef Jorge Macedo
vê esperanças contra a ofensiva golpista quando cerca de 50 mil pessoas
comparecem, mesmo sob chuva, a um chamado de defesa do país. “Esse ato de hoje
prova que os servidores e trabalhadores podem reverter os ataques do governo
golpista. O presidente Temer tem 96% de reprovação, isso mostra a unidade não
apenas dos servidores, mas da luta de classes de trabalhadores contra patrões,
contra o governo”.
Para ele, a
manutenção de direitos passa pela união dos trabalhadores, informação correta e
ação conjunta. “os próximos passos são manter a unidade contra essas propostas,
o que é um desafio, já que temos a mídia contra, temos também que ocupar as
ruas contra Temer. Não podemos deixar sangrar a nossa unidade de esquerda e
objetivo de uma vida melhor para o conjunto dos trabalhadores”, afirmou.
(4/10/17)
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