quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Servidores e Lula em defesa do patrimônio público


Servidores, profissionais de diversos setores, movimentos sociais, estudantes e a população em geral participaram nesta terça-feira (3/10) do Dia Nacional em Defesa da Soberania Nacional, no Centro do Rio. A data foi escolhida em homenagem ao aniversário de 64 anos da Petrobras, uma das maiores empresas do continente, motor de um projeto de desenvolvimento igualitário para a população brasileira, mas constantemente alvo de tentativas de privatização que desviaria os lucros desse projeto coletivo para o bolso de poucos.
Na batalha contra as privatizações a população fez uma grande marcha entre as sedes das empresas ameaçadas, começando pela Eletrobrás, na esquina das avenidas Rio Branco e Presidente Vargas, passando por bancos públicos e terminando em frente à Petrobras, na Avenida Chile. Ali, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso apaixonado em defesa dos bens públicos e garantiu que apesar de todas as ameaças e perseguições que sofre será candidato à Presidência da República em 2018.
“Defender a soberania nacional é defender a dignidade e a honra que o povo de uma nação merece. No Brasil, é transformar toda a imensa riqueza do país em educação, trabalho, salário, acesso à cultura e ao lazer, condições de todos andarem de cabeça erguida criando as suas famílias”, disse Lula, citando os diversos feitos de seu governo que iniciaram esse quadro de igualdade e desenvolvimento reconhecidos mundo afora em números como as 40 milhões de pessoas que saíram da miséria e as cerca de duzentas universidades e centros de ensino técnico inauguradas.
A Petrobras possibilita ao Brasil ter a terceira maior reserva de petróleo do mundo, com quase 200 bilhões de barris, atrás apenas da Arábia Saudita, com 266 bilhões, e da Venezuela, alvo da cobiça norteamericana, com 300 bilhões. Lula lembrou que seu governo aprovou a lei que destinava 75% da renda obtida com esses barris para a educação, além do fortalecimento de empresas ligadas à petrolífera, como a Eletrobrás, que faziam com que preços como o serviço de luz ficassem mais baratos. Com o golpe contra a presidenta Dilma, o governo Temer tenta rever a lei dos royalties de petróleo e já aumentou os preços da luz e do gás para a população.

União contra ameaças

Além das privatizações os manifestantes lembraram outros ataques do governo golpista na tentativa de implantar um neoliberalismo ultrapassado no Brasil, com retiradas de direitos históricos dos trabalhadores e da população para a retenção de mais dinheiro por empresas e bancos. Se no primeiro semestre o governo conseguiu aprovar a reforma trabalhista, nesta segunda metade do ano tentará empurrar goela abaixo da população a reforma da Previdência.   
Presente à manifestação, o servidor do Ministério da Saúde e diretor do Sintrasef Jorge Macedo vê esperanças contra a ofensiva golpista quando cerca de 50 mil pessoas comparecem, mesmo sob chuva, a um chamado de defesa do país. “Esse ato de hoje prova que os servidores e trabalhadores podem reverter os ataques do governo golpista. O presidente Temer tem 96% de reprovação, isso mostra a unidade não apenas dos servidores, mas da luta de classes de trabalhadores contra patrões, contra o governo”.

Para ele, a manutenção de direitos passa pela união dos trabalhadores, informação correta e ação conjunta. “os próximos passos são manter a unidade contra essas propostas, o que é um desafio, já que temos a mídia contra, temos também que ocupar as ruas contra Temer. Não podemos deixar sangrar a nossa unidade de esquerda e objetivo de uma vida melhor para o conjunto dos trabalhadores”, afirmou. (4/10/17)
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