Servidores de diversas categorias
protestaram contra o aumento da contribuição previdenciária de 11% para 14% nesta
quarta-feira (24/5), em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de
Janeiro (Alerj). Com violência policial contra os manifestantes nas ruas e após
reuniões entre os líderes do governo nos bastidores o projeto foi votado e
aprovado por 39 votos a 26. Os deputados aprovaram ainda a aplicação imediata
do aumento da contribuição à Previdência, e a elevação entrará em vigor em 90
dias.
A Alerj é um prédio público aberto
à população e os servidores cobravam a entrada no parlamento para acompanhar a
votação, o que não foi permitido. Para Cinthia Teixeira, do CSP Com Lutas, “covardemente, o PMDB colocou a
votação da alíquota previdenciária para hoje, mas a resistência segue tanto
aqui (RJ), como em Brasília. Em Brasília, nós superamos a expectativa, que era
de 100 mil pessoas e foram mais de 150 mil. Então, isso já é uma vitória do
conjunto da classe trabalhadora. A construção agora é a greve geral”, disse.
Além da pauta específica, os
servidores protestavam pelo “Fora Temer” e “Diretas Já”. “Nós queremos que as
eleições sejam antecipadas, porque na verdade nenhum desses que estão atuando
nos representam, tanto no governo federal como no governo estadual”, afirmou
Claudia Vitalino, servidora do Ministério da Saúde e filiada ao Sintrasef.
Claudia destacou a importância da
unidade na luta. “A nossa luta é uma só. Esse governo rouba e o
trabalhador/servidor que paga a conta. Somos contra isso, estamos aqui mesmo
com essa polícia repressiva e vamos continuar resistindo. Estamos aqui para
dizer ‘não’ ao que está sendo votado e mesmo que o nosso sindicato seja dos
servidores federais, nós estamos aqui unidos enquanto servidores públicos por
uma pauta só”, declarou.