Luiz Inácio Lula da Silva reagiu nesta quinta-feira
(13/7) à sentença do juiz Sérgio Moro com um discurso crítico sobre a sentença
do magistrado, que condenou o ex-presidente a nove anos e meio de prisão por
conta do processo que envolve um apartamento no Guarujá, no litoral paulista. O
pronunciamento do petista ocorreu na sede do PT em São Paulo, na manhã desta
quinta-feira (13).
"Moro deve
prestar contas para a história, como eu. A história é que vai dizer quem está
certo e quem está errado. Não é possível ter Estado de direito se a gente não
acreditar na Justiça. E por isso a Justiça não pode mentir, não pode tomar
decisões políticas. Tem que tomar decisões baseadas nos autos", criticou
Lula.
Durante seu
pronunciamento, o ex-presidente falou sobre as eleições de 2018 e anunciou sua
pré-candidatura. "Se alguém pensa que com essa sentença me tiraram do
jogo, pode saber que eu tô no jogo. E quero dizer ao meu partido que até agora
não tinha reivindicado, mas vou reivindicar, de me colocar como postulante à
Presidência da República em 2018.”
Já no final, o
petista mandou um recado aos seus opositores. “Quem acha que é o fim do Lula
vai quebrar a cara. Quem tem o direito de decretar o meu fim é o povo
brasileiro.”
Gleisi Hoffman,
presidenta nacional do PT, criticou a decisão do juiz. “Moro ficou refém do que
prometeu entregar à imprensa e para uma parcela da sociedade brasileira. A
sentença de Moro carece de base legal por não ter prova, condenaram o
presidente Lula por convicção”, disse ela.
Mobilização por Lula
O presidente
nacional da CUT, Vagner Freitas, convocou a militância para as manifestações
que ocorrerão em todo o país para apoiar petista. “Nós não aceitaremos um
processo eleitoral sem o presidente Lula. Eleição sem o presidente Lula é
fraude. Dia 20 estaremos nas ruas porque defender Lula é defender a classe
trabalhadora e a democracia”, afirmou.
Inúmeras
manifestações de apoio a Lula já ocorreram e estão ocorrendo em diversas cidades
do país. Nos próximos dias, a CUT divulgará os horários e endereço dos protestos
convocados por ela nos estados. (Por CUT )