segunda-feira, 3 de julho de 2017

Greve geral: Trabalhadores lutam contra reformas do governo golpista







Neste 30 de junho, dia da greve pela manutenção e ampliação de direitos democráticos em tempos de governo golpista e contra as reformas trabalhista e previdenciária; servidores, trabalhadores de diversos setores, sindicatos, centrais sindicais, estudantes, movimentos sociais e a população em geral tomaram as ruas do Centro do Rio em passeata no final da tarde após paralisações em diferentes órgãos durante todo o dia.
A mobilização expressou a unidade da esquerda, que agora precisa construir uma agenda não apenas de resistência, mas propositiva, isto é, pensar o Brasil sob a perspectiva do trabalhador. O ato acabou com forte repressão policial, na Central do Brasil. A reforma trabalhista deve ser colocada em votação no plenário do Senado nesta quarta-feira (5/7).
A servidora do Ministério da Saúde e filiada ao Sintrasef Claudia Vitalino destacou que o dia 30 “foi um dia de luta, não foi um dia para a gente achar que o jogo está perdido. Nossos passos vêm de longe, e não é agora com esse governo ilegítimo que nós vamos desistir”. Andrea Matos, presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf), afirmou que a restauração do Estado democrático de direito só irá acontecer de duas formas: “Ou devolvem o mandato à presidenta, Dilma Rousseff, ou aprovam a PEC das Diretas já. A PEC das diretas já seria o momento onde a gente equalizaria as forças, e teria a oportunidade de exigir do Congresso uma assembleia geral constituinte. Só assim, através da luta, da resistência, da retomada dos nossos direitos é que o país vai viver dias melhores”.
Para Edson Lima (Feijão), servidor do Ministério da Saúde e filiado ao Sintrasef, os trabalhadores precisam ir aos plenários da Câmara e do Senado tentar impedir qualquer movimento que estabeleça as reformas trabalhista e previdenciária. Caso contrário, “nós vamos morrer e não vamos nos aposentar. A reforma trabalhista retira todos os nossos direitos, que foram conquistados há mais de 90 anos, e agora pessoas que não trabalharam querem retirar direitos daqueles que trabalham realmente. Então por isso que nós estamos aqui, para botar o país nos trilhos”, disse.

Diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF) e filiado ao Sintrasef, Pedro Rosa declarou que Temer não irá passar os próximos dias de forma tranquila. “Ele pode fazer acordo, comprar deputado, mas efetivamente os trabalhadores continuarão lutando e acho que o dia de hoje marca essa resistência. Nós não vamos dar sossego, assim foi em março, abril, maio e essa greve de hoje. Em julho nós vamos ter que fazer novos dias de luta e enfrentamento. A gente não vai poder parar”.
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