Servidores
de todo o país fazem esta semana em Brasília trabalho de corpo a corpo com
deputados e senadores, no aeroporto e no Congresso, para barrar o PLS (Projeto
de Lei do Senado) 116, que propõe a demissão por avaliação de desempenho no
setor público. A proposta pode ser colocada em
pauta na próxima semana e ser aprovada sem o devido debate.
A existência de mecanismos já capazes de demitir um servidor e a
subjetividade da avaliação de desempenho num cenário onde a EC 95/16 travará
investimentos públicos pelos próximos 20 anos são algumas dessas questões que
necessitam debate.
Uma das maiores críticas
ao projeto é justamente o fato de que a demissão de um servidor pode ocorrer
sem considerar o contexto inadequado de trabalho a que muitas vezes está
submetido. Na prática, o concursado poderia, então, ser demitido do serviço público
ainda que o eventual mau desempenho esteja relacionado diretamente a condições
inadequadas de trabalho.
Por isso, na avaliação
das diversas entidades representativas dos servidores, no lugar de punir
servidores insuficientes o projeto estaria mirando no enfraquecimento dos
serviços públicos e fortalecendo a política de Estado Mínimo que está em curso
no país promovida pelo governo golpista.
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