Servidores,
jornalistas, populares, o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, movimentos
sociais e sindicatos, entre outros, participaram nesta quarta-feira (13/9) de
protesto em frente à sede do jornal O Globo, no Rio.
O protesto denunciou
a prática de manipulação dos fatos pelas Organizações Globo, sempre a favor da
minoria que sonega impostos e contra a maioria trabalhadora do país – uma
inversão do jornalismo, e as ilegalidades praticadas pela empresa. Um dos
exemplos citados pelos presentes foi a prática de monopólio, já que ela possui
jornais, televisões e rádios em todo o país, quando a Constituição e a
legislação dos meios de comunicação proíbem a propriedade cruzada no setor. Os
manifestantes lembraram que nos EUA uma empresa só pode ser dona de um meio de
comunicação; ou rádio, ou TV, ou jornal.
Também foi
lembrada a incoerência das Organizações Globo na defesa de “reformas” para o
país. Se jornais e televisões diariamente defendem as reformas da Previdência e
trabalhista, que farão mal ao trabalhador, esquecem de defender a reforma da
legislação para os meios de comunicação.
O código de
comunicações do país data do início dos anos 60 e está completamente
desatualizado em meio à revolução tecnológica, ao crescimento populacional e a
diversidade de vozes do Brasil. As organizações Globo escondem a necessidade de
reforma da legislação e lucram com o balcão de negócios entre políticos e
concessões de licenças de rádio e televisões, e entre publicidade e a privatização de
bens culturais populares como o futebol e o carnaval.
Criminalização
de Lula
O protesto
ocorreu no Rio no mesmo momento em que o ex-presidente Lula prestava depoimento
nas investigações da operação Lava-Jato em Curitiba. “Esse ato aqui na frente
do jornal O Globo é contra a manipulação de informações, a criminalização da
imagem e condenação de um trabalhador, um sindicalista, um patriota que é o
ex-presidente Lula. Mostramos que a população e a militância não desistirão da
verdade e dos direitos do trabalhador”, afirmou Maxwel Santos, servidor do
Ministério da Saúde e diretor do Sintrasef.
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